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Especial

Simers denuncia que médica atende sozinha central do Samu estadual

Sindicato flagrou uma única profissional atendendo das 13h às 16h nesta quinta-feira

Apenas uma médica atuava na Central de Regulação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) do Rio Grande do Sul na tarde desta quinta-feira. A irregularidade foi observada em vistoria realizada pelo Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers). A entidade denunciou que a profissional estava das 13h às 16h sozinha para decidir a melhor conduta em todos os casos de emergência.

Embora uma outra médica tenha chegado à sede da Central às 16h, o Simers adverte que duas pessoas não são suficientes para atender chamados de socorro de 6,5 milhões de habitantes. O disque emergência 192 determina como será a assistência em 163 dos 496 municípios gaúchos.

As regras do Ministério da Saúde para o funcionamento do serviço são claras: para dar assistência adequada à população atingida (6,5 milhões) são necessários, pelo menos, seis médicos. “Com esta estrutura deficiente, o médico pode responder por omissão de socorro”, adverte o diretor do Simers, Jorge Eltz. Quando o volume aumentar, a equipe terá de ser de sete reguladores ou até mais. Eltz alerta que a situação impõe uma escolha pelo médico sobre quais as demandas poderá atender, entre as aparentemente mais graves. “Eles podem perder vidas”, alerta o diretor.

De acordo com o Simers, profissionais confirmam que muitas pessoas aguardam por mais de uma hora. Segundo os relatos, dezenas desistem em um volume de 300 a 400 chamados por turno de seis horas. Os médicos contaram que à noite e nos finais de semana aumentam a demanda e as dificuldades porque plantões são feitos com um ou dois médicos. “Menos da metade do que é previsto na portaria do ministério”, ressalta Eltz.

Hoje cerca de 25 médicos estão atuando no 192, entre concursados (18) e terceirizados. O Simers defende a criação da carreira de médico regulador, com remuneração e formação que garantam uma equipe qualificada e permanente. Atualmente, há alta rotatividade, devido a condições ruins de trabalho (equipe reduzida) e atrasos de pagamento (no caso dos terceirizados).

Para o Simers, a precariedade virou regra no Samu/Salvar desde a implantação em 2006, quando ainda era chamado de Samu Metropolitano. O sindicato cobra medidas para melhorias da Secretaria Estadual da Saúde desde aquela época. O coordenador da Regulação, Eduardo Elsade não foi localizado para comentar o caso.

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Sirlei Pastore / Rádio Guaíba