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Verão

Especial

Sindicato prevê aumento no preço do leite devido à estiagem

Em 15 dias, preço do produto pode chegar a R$ 2 nos supermercados

O preço do leite pode chegar a R$ 2 nas prateleiras dos supermercados se nos próximos 15 dias se não chover o suficiente para minimizar os efeitos da estiagem nas pastagens do Rio Grande do Sul, dizem o Sindicato da Indústria Leiteira (Sindilat) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag).

O presidente do Sindilat, José Mário Hansen, alerta que a quebra na produção pode chegar a 50% na região Norte do Estado – a média deve ficar em 12%. “O pasto de verão está sendo eliminado”, alertou. “A cadeia está sendo afetada tremendamente. Consequentemente, a indústria não pode baixar o preço do leite porque isso afetaria ainda mais o produtor”, completou.

A Fetag já trata o problema como sendo seca – mais grave que a estiagem – a situação causada pela falta de chuva no Estado. Conforme o vice-presidente, Carlos Joel da Silva, a precipitação ocorre de forma isolada e insuficiente. Ele disse que produtores enfrentarão dificuldades para pagar financiamentos que conseguiram com os bancos em função do prejuízo que sofrerão. “E vai haver aumento para o consumidor”, anunciou.

Situação da estiagem

Dos 494 municípios do Rio Grande do Sul, 98 já estão em situação emergência devido à seca e outros 35 emitiram Notificação Preliminar de Desastre (Nopred), documento que antecede a decretação. O problema afeta cerca de 415,4 mil pessoas.

Em entrevista à Rádio Guaíba neste sábado, o governador em exercício, Beto Grill, afirmou que pretende levar autoridades para as cidades mais atingidas pela seca. "Vamos verificar a situação dessas comunidades. Além disso, ao lado de secretários e dirigentes, pretendemos conversar sobre as medidas que serão anunciadas", disse neste sábado.

"As primeiras dificuldades que estamos encontrando são as quedas nas safras de milho, feijão, soja, leite. Para esse aspecto, estamos construindo esse decreto coletivo, que deve ser anunciado na próxima semana", assegurou o governador em exercício.

De acordo com o prefeito de Tio Hugo, Verno Aldair Müller, 12% do Produto Interno Bruto (PIB) do município já foi perdido. As lavouras de milho e feijão tiveram uma quebra de 80%. O gado leiteiro e a plantação de soja foram afetados em 30%. Segundo o prefeito, a maior comunidade do município está sendo abastecida por caminhões-pipa. Os poços artesianos da região de Linha Machado secaram.

O presidente da Federação das Associaçoes de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Mariovane Weis, afirmou que a entidade pretende apresentar uma raio-x da estiagem no Estado. Weis disse que o fenômeno tem agido de forma diferente em 2012 em relação a outras épocas, deixando de atingir cidades da Fronteira Oeste para afetar municípios do Centro e do Nordeste. "Acreditamos que este seja apenas um estágio inicial da estiagem. Semana que vem que vamos detalhar essa realidade", comentou.

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Samuel Vettori / Rádio Guaíba