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Sobrepeso em animais de estimação pode ser sinal de alerta para doenças metabólicas

Consultas regulares ao médico veterinário podem ajudar a identificar mais cedo problemas de obesidade

| Foto: Arquivo Pessoal / CP

O sobrepeso em animais de estimação pode gerar ou ser sinal de alerta para doenças metabólicas e endocrinológicas, que exigem a atenção dos tutores. Os principais riscos da obesidade são diabetes, hipercorticismo, hipertireoidismo, alterações ortopédicas e manifestações cardiovasculares e dermatológicas.

O ganho de peso nos animais não se dá de forma súbita, portanto, pode ser difícil para os donos observar essa mudança que ocorre ao longo do tempo. De acordo com a especialista em endocrinologia do Complexo Médico Veterinário da UniRitter, Priscilla Deliachi, o tutor pode sentir sinais de gordura apalpando o animal, principalmente na barriga. “Ele perde o formato da cintura, tem o abaulamento da barriga, começa a ter dificuldades de subir em locais onde acessava facilmente, como a cama ou o sofá”, pontua a médica. 

Outro sinal, segundo Deliachi, é a intolerância a exercícios, pois pode deixá-los mais ofegante ou com dores articulares. “Alguns tutores relatam ronco, especialmente em cachorros”, diz. A visita regular ao veterinário é fundamental para identificar as causas e efeitos do sobrepeso. Ao observar que o pet está muito acima do peso, o tutor deve procurar um médico veterinário, de preferência especializado em endocrinologia, para começar uma investigação. O profissional poderá apontar se é um caso de obesidade primária, para o qual bastam mudanças de hábitos alimentares e de exercícios, ou se é decorrência de uma doença prévia. 

“Alguns sinais clínicos já indicam que há alteração hormonal: por exemplo, se o animal não come muito e mesmo assim está engordando, pode ser hipertireoidismo. Em outros casos, serão necessários exames para confirmar. Por isso, é importante nunca fazer uma dieta para o animal sem orientação do especialista”, adverte a veterinária.

Segundo Priscilla, alguns hábitos comuns nos lares brasileiros contribuem com o sobrepeso dos pets. “A gente observa a associação de petisco e afeto. Muitos tutores não conseguem comer sem dar um pouco para o animal. Dividir e dar sobras de alimentos preparados para humanos é um erro, pois o modo de preparo não é adequado aos bichinhos”, alerta.  Também falta o hábito de procurar o profissional veterinário para prescrição de dieta. “Cada espécie, raça e idade terá uma alimentação ideal para evitar problemas futuros”, orienta Priscilla. 

Para quem quer evitar produtos industrializados, verduras e legumes cozidos e frutas podem ser boas opções de petiscos. Mas a dieta deve ser orientada por um veterinário nutrólogo, que vai indicar os modos de preparo e quantidades ideais para cada pet. Consultas regulares ao médico veterinário podem ajudar a identificar mais cedo problemas de sobrepeso. Priscilla sugere visitas anuais para cachorros e gatos de até sete 7 anos, semestrais até os dez anos e, a partir desta idade, trimestrais.

Correio do Povo