Um guindaste para fixação da estrutura pode ser visto de longe. O bate-estaca tem capacidade para 120 toneladas e funciona como um martelo gigante para cravar estavas com 22 metros de extensão. Cada uma, demora pouco mais de uma hora para ser colocada. De acordo com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), os operários trabalharão nos próximos 45 dias na construção de dez blocos para a construção dos pilares da travessia. Serão duas semanas para colocar as estacas e um mês para a construção dos blocos dos pilares. As obras estavam paradas aguardando a aprovação dos projetos básico e executivo por parte do Dnit desde o ano passado.
Para tornar realidade a segunda possibilidade de travessia sobre o Guaíba, será necessário remover cerca de mil famílias das ilhas e zona Norte de Porto Alegre, além de 31 instituições e comércios. Neste ano, nenhuma reunião foi realizada com os moradores, mas, de acordo com o Dnit e a representante da comissão dos moradores das Ilhas, Beatriz Gonçalves, tudo está ocorrendo dentro do tempo acordado. A construção de moradias em terrenos dentro da ilha foi autorizado no ano passado pela Câmara de Vereadores. “O objetivo é reduzir ao máximo o impacto na vida e na economia de alguns moradores da localidade. As áreas para a construção das moradias já estão definidas e atualmente o Dnit trabalha no projeto da infraestrutura necessária para abrigar os imóveis”, informou o departamento, em nota. A expectativa do órgão é iniciar a mudança das famílias entre o final deste ano e o início de 2016.
Jéssica Mello