Na manhã de hoje, os trens – ainda depredados – foram utilizados normalmente no serviço. “O maior prejuízo é o dano operacional: utilizar os trens pela manhã sem os devidos reparos, prejudicando os usuários que utilizam o serviço normalmente”, disse a Trensurb em nota. Com o horário reduzido de manutenção na madrugada, esses reparos foram feitos pela manhã, após o horário do pico.
Ainda na quarta-feira, antes do jogo, os metroviários emitiram uma nota oficial contra a operação especial para partidas de futebol. Os servidores alegam " falta de segurança para funcionários e usuários e o alto custo operacional". "Grupos organizados em torno das torcidas colocam em risco a integridade física dos trabalhadores, além de causar danos psicológicos", destaca a nota.
Os casos de depredação nos vagões se repetem a cada jogo em que a Trensurb realiza operação especial para atender torcedores que precisam se deslocar de Porto Alegre até o Vale do Sinos. Em novembro do ano passado, na final da Libertadores da América, entre Grêmio e Lanús, por exemplo, as depredações causaram prejuízos de R$ 20 mil.
Na época, foram seis trens vandalizados durante a operação especial que estendeu seu horário de funcionamento até a 0h30min. Houve registro de uso indevido de extintores, pichação, quebra de luminárias e danos estruturais a uma parede de uma das composições. Na ocasião, também foram registradas depredações em banheiros e lixeiras de algumas estações, além do furto de extintores de incêndio.
No ano de 2016, somando-se outras ocorrências de vandalismo - não somente em dias de jogos - foram 215 ocorrências de dano ao patrimônio da Trensurb, que causaram prejuízos de R$ 84,3 mil . Já em 2017 além de R$ 59 mil em relação aos reparos nos trens, estima-se em mais R$ 134 mil os valores referentes aos reparos nas estações.
Correio do Povo