Antes da caminhada pela reserva, foi realizada uma palestra de uma hora no auditório do Centro de Educação Ambiental Augusto Carneiro onde os guias da secretaria falaram sobre a a fauna e flora da região. Anderson Nascimento, estagiário de Biologia na Smams, disse que a reserva foi criada em 1975 e teve como principal objetivo preservar uma planta de nome Ephedra, um vegetal da família das Gimnospermas, surgida na época dos dinossauros.
Além da Ephedra, a Reserva Biológica do Lami protege diversas espécies de vegetais e animais. “A reserva tem como principais objetivos a conservação da biodiversidade, a educação ambiental e a pesquisa científica”, destacou. Outros destaques do local são o Cactus Arumbeva, o Butiazeiro, a Timbaúva e a Figueira mata-pau.
Segundo Nascimento, no local é possível encontrar duas espécies de cágados: o cágado-de-barbelas-cinzentas e o tigre d’ água. Eles vivem próximo aos banhados do arroio Lami e do Guaíba, em áreas também chamadas como matas de Restinga. Outras atrações da reserva, são os bugios-ruivos que vivem nas copas das árvores. Eles estão ameaçados de extinção. No local, é possível encontrar também o gambá-de-orelha branca, o furão, o mão-pelada, a capivara e o jacaré do papo amarelo.
Conforme Nascimento, mais de 200 espécies de aves foram estudadas e cerca de 300 espécies de plantas já foram identificadas na Reserva Biológica do Lami. A área é toda sinalizada por placas que informam a proibição da entrada de pessoas, caça e pesca. “A caça é proibida em qualquer local, mesmo fora da reserva”, ressaltou.
Cláudio Isaías