Atualmente, a Uergs conta com 130 professores efetivos, 154 funcionários e cerca de 2 mil acadêmicos. Por lei, deveria ter 300 professores e 280 funcionários. A universidade está contratando 60 professores temporários e neste domingo realiza concurso público para o quadro, mas sem o número de vagas definidas em edital.
“Nenhuma universidade de qualidade se constrói com um terço de professores temporários. Existem várias unidades com dois ou três professores e cursos no qual os alunos estão sem aulas. O recomendado para universidades públicas é de 12 professores por curso”, declarou. Vargas ressaltou que a adoção do plano de carreira é fundamental para reter talentos. “A Uergs tem dificuldades para atrair e manter docentes do quadro”, acrescentou.
Funcionário da universidade há seis anos, Alexandre Amaro lamentou que a instituição ainda não decolou desde sua criação, em 2001. “Prova disso é que a universidade não tem uma sede própria. Existem algumas tratativas com prefeituras para ceder terrenos, mas trabalhamos em locais provisórios”, disse. Segundo Amaro, a Uergs perde em média até três funcionários por mês. “Em janeiro eram 180 e agora são 154. A instituição precisa ser tratada como prioridade de Estado e não conforme interesses partidários”, completou.
Marcos Koboldt / Correio do Povo