Foram removidos os equipamentos e distribuídos para outras unidades, como o Hospital Universitário de Canoas, o Hospital de Tramandaí e outras instituições de saúde no interior gaúcho. A reportagem tentou contato com a Justiça Federal de Canoas, para esclarecer a situação, mas não obteve retorno em função do feriado do Dia de Todos os Santos, que deixa de folga os servidores do órgão.
A retirada dos equipamentos, segundo a Ulbra, ocorreu entre setembro de 2010, quando uma vistoria do Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) constatou que a instituição já tinha condições de voltar a funcionar, e janeiro deste ano, quando o prédio foi repassado ao Ministério da Saúde para quitar dívidas da Ulbra com a União. Logo em seguida, através de um convênio, o hospital Independência foi repassado à Prefeitura de Porto Alegre.
O Simers prepara para esta semana um dossiê sobre o suposto sumiço dos equipamentos. O documento vai ser entregue ao Ministério Público Estadual. Segundo o presidente, Paulo de Argollo Mendes, em uma segunda vistoria feita na semana passada, foi constadado o sumiço de equipamentos médicos, aparelhos de ar condicionado, camas e outros itens. Ele repete que pode pedir, inclusive, providências criminais.
Já a Secretaria Municipal da Saúde confirmou que a estimativa é a de abrir as portas do Independência em quatro meses. O secretário Carlos Casartelli relatou que, se algo foi retirado do prédio, a responsabilidade é da Ulbra, e não do município. O Ministério da Saúde deu sinal verde para a liberação de mais de R$ 2,8 milhões destinados a restauração do hospital, fechado desde 2009 devido à crise na universidade. Até o momento, ambos os orgão não solicitaram explicações sobre a denúncia do Simers.
O Independência deve atender 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), especializado em ortopedia e traumatologia, contando com 90 leitos de internação e mais 10 de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Está prevista a realização de cerca de 300 cirurgias por mês.
Rádio Guaíba