Indignados com uma ação dos fiscais da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Economico (SMDE), um grupo de aproximadamente 30 ambulantes colocou fogo na manhã desta quinta-feira em caixas de madeira próximo do terminal de ônibus da Praça Parobé, no Centro Histórico de Porto Alegre. A ação foi motivada pelo recolhimento dos produtos feita pela fiscalização.
Os ambulantes que estavam no Largo Glênio Peres disseram que tentaram conversar com os fiscais e acabaram sendo reprimidos pela Guarda Municipal que usou spray de pimenta e balas de borracha para conter o protesto. A prefeitura informou que os comerciantes informais não tinham alvará e que os produtos seriam sem procedência.
O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul foi acionado o apagou o fogo. Uma equipe do DMLU esteve no local com um caminhão lava jato e realizou a limpeza da área. Os ambulantes que estavam no Largo Glênio Peres, e não quiseram se identificar, afirmaram que com o recolhimento das frutas e das verduras o prejuízo passou dos R$ 10 mil.
A secretaria informou que a fiscalização da prefeitura apreendeu mais de uma tonelada de alimentos vendidos de forma irregular por ambulantes ilegais no Largo Glênio Peres, no Centro Histórico. Foram recolhidas frutas e verduras, que posteriormente serão doadas para entidades assistenciais. A operação contou com agentes da Diretoria de Fiscalização da SMDE, da Guarda Municipal, da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), com apoio da Brigada Militar. No início da tarde, o 1º Batalhão de Choque da Brigada Militar reforçou o policiamento ostensivo na área central para evitar a repetição de novos confrontos.
Na manhã desta quinta-feira, o movimento de pessoas seguia intenso no Centro de Porto Alegre. O público tratou de conferir as ofertas e promoções nas ruas dos Andradas, Doutor Flores e Voluntários da Pátria que concentram a maioria das grandes lojas. Além do uso da máscara e do oferecimento do álcool em gel, os clientes respeitam às marcações de distância, que varia entre um e dois metros dentro dos estabelecimentos.
Lojistas na expectativa ao Dia das Crianças
O Sindilojas Porto Alegre informou que todas as medidas de prevenção à disseminação da Covid-19, como o uso obrigatório de máscara, o distanciamento social e a higienização constante dos ambientes seguem obrigatórias nas lojas de rua e centros comerciais que atendem de segunda-feira a sábado, das 9h às 17h, e nas lojas de shopping que funcionam de segunda a sábado, das 12h às 20h. No domingo, véspera do Dia da Crianças, as lojas de rua e os centros comerciais estarão abertas das 9h às 17h, e os estabelecimentos de shoppings das 12h às 20h.
A celebração do Dia das Crianças pode representar muito mais do que uma data especial para o varejo gaúcho, segundo a Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Rio Grande do Sul (FCDL/RS). Embora não faça projeções a respeito do volume de vendas, o presidente da FCDL/RS, Vitor Augusto Koch, destacou que o Dia das Crianças, tradicionalmente, faz os pais irem às compras. Ele acredita que os consumidores estão buscando presentes como brinquedos, que agradam o público infantil de 5 a 12 anos, entre os quais as bonecas, os carros articulados e jogos educativos ou de tabuleiros variados.
Cláudio Isaías