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Vereadores realizam sessão pública em passeio pelo Guaíba

Presidente da Casa afirmou que a ampliação do transporte hidroviário depende da EPTC

Vereadores realizarm audiência pública durante passeio pelo Rio Guaíba | Foto: Alina Souza
A exploração do serviço de transporte hidroviário em Porto Alegre depende exclusivamente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC). A afirmação foi feita nesta quinta-feira pelo presidente da Câmara de Vereadores, Valter Nagelstein, durante sessão pública do projeto "Câmara na Rua" realizado durante o passeio pelo Guaíba no barco Catamarã.

"Temos uma hidrovia pronta na cidade que é o lago Guaíba. Temos que discutir quantas pessoas podem ser atendidas e se é possível ligar o extremo Sul da cidade a Areno do Grêmio na zona Norte da Capital", explicou.



Nagelstein disse que quando ocupou o cargo de secretário de Urbanismo na prefeitura deixou um estudo sobre as hidrovias. "Realizamos um trabalho com a possibilidade de 12 estações hidroviárias previstas desde o Lami, Belém Novo e passando por toda orla do Guaíba até a Arena do Grêmio e pelas ilhas (Pintada, Grande dos Marinheiros, Flores e Pavão)", destacou.

Segundo o vereador, a ideia é provocar a EPTC para que a empresa faça a integração com a estrutura de planejamento do município para discutir a viabilidade das hidrovias. Já o diretor-presidente da EPTC, Marcelo Soletti, disse que quem autoriza o transporte hidroviário na cidade hoje é a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) com aval da empresa.

"Infelizmente o transporte hidroviário possui regras municipais, estaduais e federais. O processo de licenciamento de uma linha de transporte não é somente a concessão da autorização. É preciso fazer a dragagem e a sinalização da hidrovia e licenças tanto da Marinha, no Rio de Janeiro, quanto da Superintendência de Portos, em Rio Grande", acrescentou.

Segundo Soletti, são necessários hoje pelos menos "dez carimbos" para a realização do transporte hidroviário. "A vontade e o interesse existem por parte da prefeitura e estamos trabalhando no sentido de fazer as linhas de transporte hidroviário dentro de Porto Alegre, mas estamos avaliando toda a burocracias que envolve o processo", ressaltou.

Conforme Soletti, a demanda por aplicativos no Brasil tem dificultado as projeções de longo prazo. "Quem fará os investimentos ou sinalizar a hidrovia. O processo todo envolve uma série de requisitos como por exemplo as licenças da Fepam e da Secretaria do Meio Ambiente. São questões que não dependem apenas do poder público municipal", explicou.

O diretor-presidente da EPTC disse que o prefeito Nelson Marchezan Júnior tem cobrado da empresa uma solução. "Agora, não podemos colocar um serviço hidroviário e daqui a seis meses afirmar que ele não deu certo e está quebrado", acrescentou. Soletti afirmou que a prefeitura quer entregar um serviço que sirva para o cidadão porto-alegrense. Para tanto, a empresa buscou informações sobre os serviços realizados em Manus e Belém do Pará e a travessia Rio/Niteroi.

O diretor-presidente do Grupo Ouro e Prata, Hugo Eugênio Fleck, disse que falta vontade política para que os entraves burocráticos e de legislação sejam minimizados. "Vontade de fazer o empresário sempre é grande e é mais um modal para se vincular aos existentes na cidade. No meu entendimento é mais uma questão de vontade política do que técnica", ressaltou.

A empresa é responsável pela CatSul que opera desde outubro de 2011 cinco embarcações na travessia Porto Alegre/Guaíba. Os barcos com cerca de 140 lugares transportam cerca de 2,5 mil pessoas por dia. Segundo Fleck, os principais trechos passíveis de exploração podem ser de Ipanema até o Centro de Porto Alegre e proximidades como até o Lami.

"Porto Alegre não pode virar as costas para o Guaíba. Não sei porque motivo paramos de utilizar o Guaíba como ele deveria ser feito", destacou. Fleck afirmou que existe toda uma atração turística e o potencial dos clubes como o Grêmio, o Inter e a União e da construção de barcos. Segundo Fleck, qualquer local bonito como o Guaíba é gerador de recursos para a sociedade e significa desenvolvimento de uma região.

Um total de 17 vereadores da Câmara Municipal de Porto Alegre participaram da sessão especial a bordo do Catamarã e do barco Cisne Branco. Na parte da manhã, eles percorreram de Catamarã diversos pontos do Lago Guaíba até o Lami, na zona Sul da cidade. Na parte da tarde, os vereadores embarcaram no Cisne Branco.

Ao longo do percurso, que incluiu o Delta e as Ilhas do Guaíba, o diretor-geral do Departamento Municipal de Águas e Esgoto (Dmae), Darcy Nunes dos Santos, que falou sobre qualidade da água. Já o comandante da Capitania Fluvial de Porto Alegre, capitão de Mar e Guerra, Amaury Marcial Gomes Júnior, abordou as atividades da Capitania dos Portos em Porto Alegre. Os vereadores participaram ainda de um almoço na Ilha do Pavão oferecido pelo Grêmio Náutico União (GNU).

Cláudio Isaías