person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Último chefão da máfia italiana tem direito de "morrer dignamente", avalia corte

Toto Riina recebeu 15 condenações de prisão perpétua pela morte de 150 pessoas

Toto Riina recebeu 15 condenações de prisão perpétua pela morte de 150 pessoas | Foto: AFP / CP
O último chefão da Cosa Nostra, Toto Riina, de 86 anos, também conhecido como "a besta" da máfia siciliana pode deixar a prisão na Itália. A Corte de Cassação Italiana avaliou que o criminoso, preso em janeiro de 1993, "tem o direito de morrer dignamente".

A decisão da alta corte pode terminar com a abertura das portas da prisão para um dos criminosos mais temidos e violentos da Itália, condenado a 15 penas de prisão perpétua pela morte de 150 pessoas, 40 delas assassinadas pessoalmente. O mentor do assassinato, em 1992, dos juízes antimáfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, que está preso em Parma (norte da Itália) tem câncer nos dois rins e graves problemas cardíacos. A pedido de seu advogado, a Corte de Cassação acolheu o recurso para que a pena seja adiada ou para conseguir a prisão domiciliar.

O mesmo pedido lhe tinha sido negado pelo Tribunall de Bolinha e por isso a Corte de Cassação solicita a este tribunal que o revise, pois não levou em conta "a deterioração física" do preso, que tem "o direito de morrer com dignidade", diz a sentença divulgada pela imprensa.

O tribunal de Bolonha voltará a examinar o pedido. O chefe do clã Corleone, que liderou uma impiedosa guerra entre 1980 e 1990 contra o Estado e os clãs rivais, também foi um dos mentores dos atentados mortais de 1993 em Roma, Milão e Florença, e que deixaram dez mortos no total.

Em 2009, ele apresentou uma solicitação ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos pelas duras condições da prisão, em uma cela de isolamento, a qual foi repudiada. O homem que nunca demonstrou arrependimento, nem desejos de colaborar com a Justiça, pode morrer em seu leito.

AFP