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Último dos soldados republicanos espanhóis que libertaram Paris em 1944 morre pelo novo coronavírus

Rafael Gómez Nieto, de 99 anos, era o último sobrevivente do "La Nueve"

Rafael vivia na França | Foto: La Nueve, 2ª división Leclerc / Divulgação / CP

O último sobrevivente do grupo "La Nueve" – os soldados republicanos espanhóis que liberaram Paris em 1944 – morreu na terça em decorrência de complicações de saúde em decorrência do novo coronavírus, informou sua família nesta quarta-feira. Rafael Gómez Nieto, que vivia na cidade francesa de Lingolsheim (leste), iria completar 100 anos em janeiro do próximo ano, foi hospitalizado em Estrasburgo há três, dias onde testou positivo para Covid-19 e foi a óbito. Apesar da idade, estava são e "foi o coronavírus que interrompeu isso, como em muitas famílias", afirmou seu filho Jean Paul. 

"Ele garantiu que completaria 100 anos e que daria uma ótima refeição para seus filhos e alguns amigos, ou seja, ele ainda se sentia forte o suficiente. Até muito recentemente, seu pé estava com problemas, mas ele ainda saía com seu carro para fazer compras. Ele próprio era muito independente", estimou a historiadora Evelyn Mesquida, que mantinha contato regular com ele e escreveu o llivro "La Nueve: os espanhóis que libertaram Paris". Com ele se vai uma parte da história da liberação de Paris e dos republicanos espanhóis", lamentou.

Nieto "conservava a força e a memória" e ainda fazia compras de carro há algumas semanas, contou. Sua última aparição pública, disse, foi em 2017 para a inauguração de uma praça dedicada aos soldados em Madri, a qual atendeu "em nome de todos seus companheiros".

"La Nueve", a nona companhia da segunda divisão blindada francesa, integrada majoritariamente por espanhóis, foi a primeira a entrar na cidade e chegar ao Hotel de Ville de Paris, a prefeitura, em 24 de agosto de 1944, para liberar a capital francesa da ocupação nazista. Rafael estava lá, dirigindo uma meia pista chamada Guernica, erguendo a bandeira da República no prédio da prefeitura depois de libertar a cidade.

 

Correio do Povo e AFP