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Especial

Alibaba desenvolveu programa de reconhecimento facial para identificar minoria muçulmana, afirma NYT

Especialistas estrangeiros acusam Pequim de ter internado pelo menos um milhão de muçulmanos em "campos de reeducação" em Xinjiang

| Foto: Anthony Wallace / AFP / CP

O gigante chinês do comércio eletrônico Alibaba desenvolveu um programa de reconhecimento facial capaz de identificar uigures, uma minoria muçulmana sob vigilância na região de Xinjiang, noroeste da China – noticia o jornal americano "The New York Times". As autoridades vêm aplicando há anos uma política de segurança máxima nesta região, após inúmeros ataques mortais contra civis atribuídos a "separatistas" e a "islamistas" uigures.

Especialistas estrangeiros acusam Pequim de ter internado pelo menos um milhão de muçulmanos em "campos de reeducação" em Xinjiang. O governo chinês alega, no entanto, que são "centros de formação profissional", destinados a manter a população longe do extremismo religioso.

De acordo com o jornal americano, um site do Alibaba explicava como usar um software de reconhecimento facial para detectar uigures, ou outras minorias étnicas em fotos e vídeos. Os textos em questão foram retirados da rede pelo grupo chinês, mas foram consultados pelo gabinete de investigação norte-americano IPVM, que os encaminhou para o jornal, afirma o NYT.

O Alibaba não reagiu a uma consulta da AFP nesta quinta-feira, mas, de acordo com o "New York Times", o recurso de reconhecimento facial foi usado apenas em caráter experimental. A empresa Alibaba, líder do comércio on-line e fundada por Jack Ma, um dos homens mais ricos da China, diversificou-se nos últimos anos em setores como computação na nuvem, supermercados e cinema.

Na semana passada, a empresa chinesa de telefonia e telecomunicações Huawei também foi acusada pelo IPVM de testar um software para reconhecer os uigures. A empresa negou estas acusações, as quais levaram o jogador francês do Barcelona, Antoine Griezman, a romper seu contrato de patrocínio.

 

AFP