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Especial

Arábia Saudita inicia operação militar de larga escala no Iêmen

Ofensiva ocorre depois de um ataque dos rebeldes huthis que deixou dois mortos e sete feridos

| Foto: SPA / AFP / CP

A coalizão liderada pela Arábia Saudita iniciou neste sábado (25) uma operação militar de larga escala no Iêmen. A ofensiva ocorre depois de um ataque dos rebeldes huthis que deixou dois mortos e sete feridos, o que foi a primeira ação dos insurgentes em três anos que provocou vítimas.

De acordo com fontes médicas, um ataque de represália das forças de Riad no Iêmen deixou três mortos e seis feridos em Ajama, cidade ao norte da capital Sanaa, que está sob controle dos rebeldes. Após o bombardeio de Riad, os huthis advertiram que responderão com "ações dolorosas", caso a coalizão não interrompa as "agressões".

O reino saudita lidera desde 2015 uma coalizão que apoia o governo do Iêmen, que está em guerra há sete anos com os rebeldes huthis. Estes últimos, ligados a Irã, atacam com frequência o território da Arábia Saudita a partir do Iêmen.

A defesa civil do reino saudita informou que duas pessoas, um saudita e um iemenita, morreram durante um ataque na região de Jizan, perto da fronteira com o Iêmen. "Um projétil caiu em um edifício comercial e deixou dois mortos, um saudita e um cidadão iemenita. Também registramos sete civis feridos, seis sauditas e um cidadão de Bangladesh", afirma o comunicado oficial saudita.

Pouco depois do ataque, a coalizão informou que se preparava para uma "operação militar em larga escala".

Intensificação dos combates

Embora os rebeldes iemenitas dispare com frequência mísseis e utilizem drones contra os aeroportos e infraestruturas de petróleo da vizinha Arábia Saudita, este ataque é o primeiro com vítimas fatais desde 2018. No lado iemenita, fontes médicas informaram que três pessoas morreram e seis ficaram feridas nos ataques aéreos de represália da coalizão ao noroeste de Sanaa.

"Três civis, incluindo uma criança e uma mulher, morreram na cidade de Ajama, e seis ficaram feridas", afirmou um médico à AFP.

Nos últimos meses aconteceu uma intensificação dos combates. Na capital Sanaa, que sofre desde 2016 o bloqueio da Arábia Saudita, os bombardeios de Riad atingiram o aeroporto, que desde terça-feira não pode receber os aviões das organizações humanitárias e da ONU. Riad afirma responder a ataques com drones que decolam do aeroporto de Sanaa.

Na quinta-feira, a coalizão, que na véspera atacou uma base militar dos huthis em Sanaa, anunciou a destruição de um drone explosivo que seguia para o aeroporto de Abha, sul da Arábia Saudita, ação que não provocou vítimas. No mesmo dia, a Marinha dos Estados Unidos anunciou a apreensão de 1.400 fuzis AK-47 e munições destinadas aos rebeldes iemenitas em um barco de pesca procedente, segundo os militares americanos, do Irã.

Teerã reconhece o apoio político aos rebeldes, mas nega o fornecimento de armas. O Iêmen sofre com uma guerra civil desde 2014, quando os huthis assumiram o controle da maior parte do norte do país, em um conflito que a ONU considera que provocou a pior crise humanitária do mundo.

De acordo com a ONU, 377.000 pessoas morreram pelas consequências diretas e indiretas do conflito, em particular a falta de água potável, a fome e as doenças. Mais de 80% dos quase 30 milhões de iemenitas precisa de ajuda humanitária.

Na quarta-feira, a ONU afirmou que foi "obrigada" a reduzir a ajuda alimentar ao Iêmen por falta de recursos, no momento em que a fome aumenta no país.

AFP