"A Argentina não está embarcada em nenhuma negociação de nenhum esquema monetário com as características mencionadas", acrescentou. Dujovne respondeu assim a uma consulta sobre declarações feitas na semana passada por um conselheiro econômico da Casa Branca, Larry Kudlow, que disse que "a única maneira de a Argentina sair do dilema é amarrar sua moeda, o peso, ao dólar".
O ministro também negou que o governo de Mauricio Macri esteja pensando em reestruturar a dívida do país. "Não planejamos nenhuma 'megatroca' (de títulos), nem qualquer reestruturação da dívida, vamos melhorar nosso perfil de endividamento", afirmou aos deputados. O orçamento para 2019 foi elaborado em meio a negociações com o Fundo Monetário Internacional (FMI) de novas condições para o acordo alcançado em junho, em meio a uma corrida cambial.
O Fundo concedeu à Argentina um empréstimo de 50 bilhões de dólares em três anos, dos quais já lhe repassou 15 bilhões. Após uma nova corrida em agosto, o governo voltou a recorrer ao Fundo e espera que o organismo aprove a antecipação dos desembolsos para garantir o pagamento da dívida.
O FMI aprovou nesta quinta-feira, em Washington, o orçamento apresentado pelo governo de centro-direita de Macri. O principal objetivo do plano de austeridade é alcançar o equilíbrio fiscal primário em 2019, ano de eleições presidenciais, depois de ter tido déficit de 3,9% do PIB em 2017.
AFP