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Verão

Especial

Automóveis sem motorista já circulam por ruas nos Estados Unidos

Presidente executivo da Waymo anunciou que carros autônomos já são realidade em Phoenix, no Arizona

John Krafcik apresentou um dos carros da Waymo que se guia sozinho sem motorista | Foto: Fernanda Kist Pugliero / Especial / CP
A palestra de John Krafcik, presidente executivo da Waymo, spin-off da Google, não poderia ter começado de outra maneira. Antes mesmo dele aparecer perante a plateia, um dos carros da empresa, que se guia sozinho sem motorista, tomou a frente e adentrou o palco principal do Web Summit.

O anúncio de que carros autônomos já circulam pelas ruas da cidade de Phoenix nos Estados Unidos ocorre em primeira mão no Web Summit. Krafcik frisou: “Não estamos falando de 2020, estamos falando de agora”. Segundo ele, uma pequena frota de carros autônomos pode garantir a mobilidade dos moradores de uma pequena cidade. “Hoje os carros são a segunda compra mais cara das nossas vidas, a seguir a uma casa. Mas os carros não são usados em 95% do tempo das pessoas”, afirma, destacando a inutilidade de manter um carro parado na garagem ou ocupando uma vaga de estacionamento na rua, por exemplo.

Para sustentar sua visão, Krafcik apresentou dados. Segundo ele, nos Estados Unidos, pelo menos 60% das viagens de carro não atingem mais do que dois quilômetros de distância. O carro autônomo resolveria, ainda segundo ele, também um problema de espaço nas cidades, já que, além de poder ser compartilhado, não precisa ocupar locais privilegiados de uso humano para estacionamento. “O nosso objetivo é fazermos com que cada vez mais pessoas experimentem esse tipo de tecnologia desde cedo”, pontuou.

Um dos principais objetivos da empresa com o desenvolvimento de carros que dirigem sozinhos, além de economizar espaço nas cidades e o dinheiro das pessoas, é garantir maior segurança. “Apenas nos últimos meses, fizemos quatro milhões de quilômetros em simulação todos os dias”, afirmou. “A Waymo será o motorista mais experiente do mundo”, completou Krafcik.

Para ilustrar à audiência essa realidade futurista que já existe, o executivo apresentou um vídeo no qual um carro com dois passageiros (um sentado no banco do condutor, inclusive, mas sem tocar ao volante) circula por uma rua. Em outro vídeo, dois passageiros sentam-se nos bancos de trás do veículo, enquanto o volante move-se sozinho para um lado e outro, desviando e objetos e respeitando a sinalização de trânsito. “Temos a missão de fazer isso da maneira mais segura e mais fácil para que as pessoas possam se mover por aí”, destacou.

O executivo também apresentou dados sobre acidentes envolvendo automóveis. Segundo ele, 90% dos acidentes com carros que ocorrem nos Estados Unidos são causados por alguma falha humana. Colocar uma máquina para conduzir, na visão dele, resolveria essa questão. “Não estamos construindo um carro melhor, mas um motorista melhor”, afirmou.

Os veículos comandados por inteligência artificial da Waymo têm capacidade de enxergar objetos em 3D a 300 metros de distância. Conseguem ainda desviar de objetos que podem passar desapercebidos por motoristas humanos. O feito ocorre graças a lasers e um conjunto de sensores que identificam, inclusive, se o objeto em questão está parado (uma pessoa ou cachorro na calçada, por exemplo) ou em movimento (um ciclista). “É o carro mais avançado desenvolvido até hoje e está desenhado para ter autonomia plena”, gabou-se, exibindo o automóvel exposto no palco que, da mesma forma em que adentrou a palestra a deixou: Sozinho.

Fernanda Kist Pugliero