Vinte policiais britânicos continuam de guarda em frente ao edifício da representação diplomática equatoriana. Duas viaturas da polícia também estão estacionadas próximo ao prédio, não muito longe de uma dúzia de partidários de Assange que passaram a noite no local. "A tática britânica de intimidação continua", comentou o Wikileaks no Twitter.
O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou nesta sexta-feira que Assange deve permanecer por tempo indeterminado na embaixada. Desde o anúncio de Quito de que concederia asilo diplomático a Assange, o Reino Unido advertiu que não iria emitir um salvo-conduto para o australiano e que "nada mudaria" no processo de extradição. O ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, no entanto, pareceu descartar por enquanto a ameaça de invasão policial na embaixada.
Dada a inflexibilidade do Reino Unido, o Equador tentou unir os países sul-americanos à sua causa. Os equatorianos convocaram os ministros das Relações Exteriores da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), em Guayaquil, para uma reunião no domingo com o objetivo de discutir a situação. A Organização dos Estados Americanos (OEA) deverá decidir nesta sexta-feira se convocará uma reunião para o dia 23 de agosto, em Washington. Quito considera apelar à Corte Internacional de Justiça (CIJ) da Haia para forçar a Grã-Bretanha a emitir um salvo-conduto para Assange. "Estamos comprometidos a trabalhar com os equatorianos para resolver esta questão amigavelmente", disse um porta-voz do Foreign Office.
AFP