Das 202 mortes, 162 testaram positivo em provas de laboratório. O Ministério de Saúde do Congo situa o número de casos em 344, dos quais 304 estão confirmados e 40 são prováveis - número que supera o de seu relatório anterior. A atualização nos números se deve a uma "limpeza na base de dados atuais", onde foram eliminadas 16 mortes que estavam duplicadas e dois casos confirmados, explicaram as autoridades.
O surto, que foi declarado no dia 1º de agosto nas províncias do Kivu do Norte e Ituri, se transformou no maior da história do país em relação ao número de contágios, em parte pela rejeição de algumas comunidades a receber tratamento e pela insegurança na região, onde operam grupos armados.
É o segundo surto declarado em 2018 no Congo - só oito dias depois que o ministro congolês de Saúde, Oly Ilunga, proclamou o fim da epidemia anterior, no Oeste do país - e o pior da última década na República Democrática do Congo. Desde 8 de agosto, quando começaram as vacinações, mais de 30 mil pessoas foram inoculadas, em sua maioria, nas cidades de Mabalako, Beni, Mandima, Katwa e Butembo.
O vírus do ebola é transmitido através do contato direto com o sangue e os fluídos corporais. A doença provoca febre hemorrágica e pode chegar a alcançar uma taxa de mortalidade de 90% se não for tratada a tempo. O surto mais devastador em nível global foi declarado em março de 2014, com casos que remontam a dezembro de 2013 na Guiné Conacri, país do qual se expandiu à Serra Leoa e à Libéria.
Quase dois anos depois, em janeiro de 2016, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o fim desta epidemia, que matou mais de 11,3 mil pessoas e contagiou outras 28,5 mil, números que, segundo esta agência da ONU, poderiam ser conservadores.
Agência Brasil