Os bombardeios atingiram três campos de treinamento das brigadas Ezzedin al-Qassam, o braço armado do movimento islamita palestino Hamas, na cidade de Gaza e um quarto teve como alvo a cidade de Khan Yunes (sul), declararam as fontes palestinas. No entanto, o ataque com foguetes de quarta-feira foi reivindicado por uma milícia que afirmou pertencer à organização jihadista Estado Islâmico (EI), que recentemente surgiu em Gaza, informou o grupo em um comunicado.
O grupo diz que agiu para "vingar Yussef al-Hanar, assassinado para satisfazer os judeus", em referência à morte do chefe salafista em uma troca de tiros com as forças de segurança do Hamas em Gaza. A organização que reivindicou o ataque declarou que o sangue de Al-Hanar "não será derramado em vão". Este grupo de simpatizantes do EI busca o apoio dos jihadistas que proclamaram um califado entre Iraque e Síria. No entanto, não haveria uma relação direta entre os dois grupos.
O Hamas endureceu recentemente sua posição contra os islamitas radicais que vivem no enclave, num contexto de crescente tensão, uma situação que começou durante a guerra contra Israel de junho de 2014.
O exército israelense indicou em um comunicado ter realizado três ataques aéreos, sem informar o alvo ou o local do bombardeio. "Dois foguetes foram lançados ontem, 3 de junho de 2015, ao sul de Israel a partir da Faixa de Gaza", acrescentou o exército. Os projéteis, que não deixaram vítimas, caíram no meio do campo nas cidades israelenses de Ashkelon e Netivot. "Em resposta a este ataque, as forças de defesa israelenses atacaram três infraestruturas terroristas na Faixa de Gaza", disse.
A polícia israelense havia anunciado na noite de quarta-feira a queda de três foguetes, mas não pôde informar no momento o local do impacto. Os lançamentos de foguetes ocorreram horas após o exército responder com bombardeios contra bases da Jihad Islâmica na Faixa de Gaza ao disparo de um foguete na noite de terça-feira contra a cidade de Ashdod.
A rádio pública israelense afirmou que os disparos dos foguetes podem estar vinculados a um confronto interno em Gaza entre militantes do Hamas e opositores extremistas. Embora as organizações da jihad "tenham realizado os disparos de ontem à noite para desafiar o Hamas", "responsabilizamos o Hamas de todos que ocorrerem na Faixa de Gaza e não toleraremos nenhuma tentativa de prejudicar" os cidadãos israelenses, declarou o ministro da Defesa do país, Moshe Yaalon.
AFP