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Especial

Berlusconi é absolvido em julgamento por subornos de testemunhas

Ex-primeiro-ministro era acusado de suborno de testemunhas para que mentissem sobre suas controversas festas "bunga bunga"

| Foto: Alberto Pizzoli / AFP

Um tribunal italiano absolveu nesta quarta-feira (15) o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi das acusações de suborno de testemunhas para que mentissem sobre suas controversas festas "bunga bunga".

"Só posso ficar extremamente satisfeito", declarou após o veredicto Federico Cecconi, o advogado do bilionário magnata dos meios de comunicação e senador, que tem 86 anos.

Cecconi destacou que o veredicto de um tribunal de Milão é a terceira absolvição neste caso para Berlusconi. "Três em três, já basta", disse, com a expectativa de que o Ministério Público não apresente recurso.

Berlusconi não compareceu ao tribunal na quarta-feira. Ele já havia sido absolvido das acusações de manipulação de testemunhas em dois capítulos do processo, em 2021 em Siena e em 2022 em Roma.

O MP de Milão havia acusado o político italiano de ter efetuado pagamentos às jovens e aos músicos que compareceram a suas festas para comprar o silêncio de testemunhas.

Berlusconi - cujo partido 'Forza Italia' é um dos aliados na coalizão de governo da primeira-ministra Giorgia Meloni - enfrentou inúmeros processos nas últimas décadas e venceu quase todos.

O empresário idoso, que se afasta lentamente da política diária, continua a provocar polêmica. No domingo, ele criticou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, e defendeu o chefe de Estado da Rússia, Vladimir Putin, para grande irritação de seus aliados no governo de direita.

O "sultão" e suas "escravas sexuais"

O primeiro processo do escândalo "Ruby", também conhecido como "Rubygate", em referência à jovem marroquina Karima El-Mahroug, que era menor de idade na época em que era uma das convidadas especiais das festas de Berlusconi, rendeu ao ex-primeiro-ministro uma condenação, em primeira instância, a sete anos de prisão em junho de 2013 por prostituição de menor e abuso de poder.

O magnata, no entanto, foi absolvido de maneira definitiva em março de 2015 pela Corte de Cassação.

No caso conhecido como Ruby-bis, vários amigos e colaboradores de Berlusconi foram julgados, acusados de providenciar jovens prostitutas para suas festas.

Entre os réus estava um famoso apresentador de televisão que foi condenado a 4 anos e 7 meses de prisão.

O processo envolveu os pagamentos feitos por Berlusconi às mulheres e aos músicos que participaram de suas festas.

Para o MP, o silêncio das jovens custou ao magnata quase 10 milhões de euros entre 2011 e 2015, incluindo sete milhões para Ruby.

Os pagamentos aconteceram em espécie, presentes, carros, aluguéis, contas e despesas médicas.

A defesa de Berlusconi afirma que o dinheiro era uma indenização pelos danos à reputação das pessoas envolvidas no caso e insistiu que ele era processado por sua "generosidade".

Durante o indiciamento, a promotora Tiziana Siciliano descreveu Berlusconi como uma espécie de "sultão" que costumava "animar suas noites com um grupo de odaliscas, escravas sexuais pagas, contratadas para entreter".

AFP