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Especial

Biden acredita que EUA conseguirá 'evitar default' mesmo diante de negociações difíceis

Republicanos continuam insistindo que presidente deve reduzir os gastos públicos

| Foto: Kenny Holston / POOL

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, manifestou seu otimismo neste sábado (20) de que chegará a um acordo com a oposição para aumentar o limite de endividamento do país e evitar um default, apesar das negociações difíceis com os republicanos.

"Ainda acredito que poderemos evitar um default e conseguiremos algo [um acordo] decente", declarou Biden aos jornalistas durante a cúpula do G7 em Hiroshima, no Japão.

Com a advertência do Departamento do Tesouro de que o governo dos Estados Unidos poderia ficar sem dinheiro a partir de 1º de junho - o que provocaria um caos econômico no país e em todo o planeta -, a batalha política em Washington tem oscilado sem nenhum sinal claro de resolução.

Os republicanos continuam insistindo em que Biden deve reduzir os gastos públicos se quiser obter o seu apoio para elevar o limite de endividamento do país, um teto cujo aumento ou suspensão é atribuição do Congresso.

Os democratas, no entanto, afirmam que as duas coisas não podem ser vinculadas e querem um aumento da capacidade de emissão de dívida sem condições.

Na sexta-feira, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, o republicano Kevin McCarthy, anunciou que as negociações para evitar um default tinham entrado em uma "pausa", em meio a "diferenças reais" entre as partes, segundo a Casa Branca.

Depois, as conversas foram retomadas. Biden foi informado sobre a situação na manhã deste sábado no Japão, ainda noite de sexta nos Estados Unidos, informou a Casa Branca.

O diretor de comunicações de Biden, Ben LaBolt, disse que os "republicanos estão fazendo a economia de refém", em uma mensagem que foi reforçada pela Casa Branca. Estão "nos empurrando para o limite do default, o que pode representar a perda de milhões de empregos e levar o país à recessão", apontou.

Biden não vai aceitar políticas "extremas" dos republicanos, mas "há um caminho para se chegar a um acordo bipartidário razoável se os republicanos voltarem à mesa para negociar de boa-fé", acrescentou.

"Diferenças"

"As diferenças são grandes sobre muitos temas", assinalou o representante Patrick McHenry, um dos negociadores republicanos, na sexta-feira, citado pelo site NewsNation.

Anteriormente, a Casa Branca havia mencionado a existência de "diferenças reais" com a oposição.

Contudo, a retomada das negociações devolveu o otimismo ao governo, resumiu, neste sábado, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, assim que algumas conversas tinham sido concluídas em Washington.

O presidente está no Japão para a cúpula do G7 e cancelou parte de sua viagem à Ásia-Pacífico para retornar mais cedo a Washington e tentar conseguir um acordo.

O campo governista apresenta essas negociações como uma oportunidade de discutir o orçamento, sobre o qual os republicanos exigem cortes.

"Não podemos gastar mais dinheiro no próximo ano" fiscal, assinalou o republicano McCarthy na sexta.

Biden e McCarthy mantiveram duas reuniões nos últimos dias, na medida em que se aproxima a data limite que, segundo o Departamento do Tesouro, poderia levar os Estados Unidos a uma moratória inédita.

Os republicanos querem reduzir o gasto público e o déficit fiscal, e também querem reduzir a emissão de dívida que habitualmente permite cobrir essa diferença.

Democratas e republicanos não conseguem chegar a um bom termo sobre este aumento da capacidade de emissão de dívida dos Estados Unidos, apesar de isto ser indispensável para que o país honre seus pagamentos a credores, fornecedores, os salários de funcionários públicos e aposentadorias.

Elevar o teto da emissão de dívida costuma ser um procedimento rotineiro no país, que usa este sistema dependente do Congresso há décadas. Mas, desta vez, e como vem ocorrendo com mais frequência, o assunto se tornou o epicentro de uma disputa política.

Os Estados Unidos superaram o limite máximo de emissão da dívida pública em janeiro, que é de 31,4 trilhões de dólares (R$ 156,5 trilhões, na cotação atual), e, desde então, vêm aplicando medidas extraordinárias que apenas permitem cumprir com as obrigações por um determinado tempo.

 

AFP