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Verão

Especial

Brasil sediará 11ª Cúpula do Brics em 2019

Em nota, líderes do grupo retiraram preocupação sobre expansão econômica global

Temer chegou à Argentina hoje para participar de cúpula do G20 | Foto: Alejandro Pagni / AFP / CP
A 10ª Cúpula do Brics, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, será realizada no Brasil no ano que vem. A confirmação foi anunciada nesta sexta-feira, pelo presidente Michel Temer, em nota oficial, após se reunir com os líderes do grupo, em Buenos Aires, na Argentina, onde participa da cúpula do G20. Paralelamente, Temer e os demais líderes reiteraram a preocupação com a forma como vem ocorrendo a expansão econômica global.

Em nota, eles destacaram que há riscos, se o movimento atual for mantido, de ser "menos equilibrada" e de aumento de retração. "Receamos que os impactos negativos das políticas de normalização de algumas das maiores economias avançadas sejam uma importante fonte da volatilidade experimentada recentemente por economias emergentes." O caminho, segundo os líderes do Brics, é o do "diálogo e da coordenação de políticas, no espírito de parceria, no G20 e em outros fóruns, para prevenir que potenciais riscos se espalhem".

Clima

No comunicado, Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se comprometem a à implementação do Acordo de Paris, incluindo os princípios das responsabilidades comuns, porém, diferenciadas e das respectivas capacidades. "Instamos os países desenvolvidos a proverem aos países em desenvolvimento apoio financeiro, tecnológico e de capacitação, para aumentar suas capacidades de mitigação e adaptação."

Terrorismo

A nota, divulgada pelo Itamaraty no começo da tarde, condena os ataques terroristas e todas as manifestações afins. "Condenamos o terrorismo em todas as suas formas e manifestações, independetemente de onde e por quem cometidos." O texto apela para o combate às ações terroristas com base em argumento de ordem jurídica internacional. "Instamos todas as nações a adotarem uma abordagem abrangente no combate ao terrorismo, incluindo todos os elementos enumerados na Declaração de Joanesburgo."

Multilateralismo

Os líderes do Brics defenderam o sistema multilateral de comércio baseado em regras e na intermediação da Organização Mundial do Comércio. "Para assegurar o comércio internacional transparente, não discriminatório, aberto e inclusivo." O texto acrescenta que a OMC assegura os países contra eventuais medidas protecionistas e criticaram aqueles que não seguem os acordos firmados.

"O espírito e as regras da OMC são contrários a medidas unilaterais e protecionistas. Instamos todos os membros a se oporem a essas medidas inconsistentes com a OMC, a reafirmarem os compromissos que assumiram e a recuarem de tais medidas de natureza discriminatória e restritiva."

Porém, destacaram que é necessário buscar aprimoramentos. "Apoiamos o trabalho de melhoria da OMC, com vistas a aumentar sua relevância e eficiência, para enfrentar desafios atuais e futuros." "Reafirmamos nosso compromisso de fortalecer nossa comunicação e cooperação e de trabalhar em conjunto e colaborativamente com outros membros para permitir que a OMC acompanhe a evolução dos tempos, promova crescimento inclusivo e a participação de todos os países no comércio internacional e desempenhe um papel relevante na governança econômica global."

Infraestrutura

Os líderes defenderam a constituição de uma Rede de Proteção Financeira Global forte, com um Fundo Monetário Internacional (FMI) baseado em cotas e com recursos adequados em seu centro. O prazo para as negociações, de acordo com o texto, é entre março e junho de 2019 (primavera na Europa). "Reafirmamos nosso compromisso com a conclusão da 15ª Revisão Geral de Cotas do FMI, incluindo uma nova fórmula de cotas, para assegurar o fortalecimento da voz das economias emergentes e em desenvolvimento dinâmicas, para refletir suas contribuições relativas à economia mundial, garantindo a proteção dos países de menor desenvolvimento relativo."

Agência Brasil