Além disso, foram jogados vários pés de porco salgados na entrada da residência avaliada pela imprensa local em mais de um milhão de dólares. O governo do Zimbábue solicitou na sexta-feira a extradição de Palmer, que se encontra foragido desde a revelação de que foi o responsável pela morte do leão.
Palmer teria pago 50 mil dólares a um caçador no começo do mês para matar o leão símbolo do país africano com um poderoso arco e flecha, depois atraí-lo para fora do Parque Nacional Hwange. Cecil, macho dominante do parque que se destacava por sua juba preta pouco comum, era alvo de uma pesquisa científica sobre a longevidade dos leões da universidade britânica de Oxford, que o equipou com um colar de localização.
Palmer, que está sendo investigado pelo Serviço Americano de Vida Selvagem pela morte de Cecil, se desculpou e disse que foi enganado pelo guia Theo Bronkhorst. O profissional, por sua vez, declarou que não fez nada de errado. "Não acho que faltei com nenhum de meus deveres. Fui contratado por um cliente para organizar uma caçada para ele e disparamos contra um leão macho velho, que, para mim, superou sua idade reprodutiva, e acho que não fiz nada de ruim", declarou.
Uma semana depois da onda de indignação provocada pela morte de Cecil, o Zimbábue declarou guerra aos caçadores. Outro turista americano foi acusado de envolvimento na morte de um leão. O país adotou restrições imediatas para a caça de animais grandes como leões, elefantes e leopardos, que a partir de agora está proibida perto da reserva de Hwange, com exceção nos casos de uma autorização escrita dos parques nacionais. Também foi proibida a caça com arco. Criticada por muitos, a caça é uma fonte importante de renda e gera quase 40 milhões de dólares por ano ao Zimbábue, segundo a Autoridade de Proteção da Vida Silvestre e dos Parques Nacionais.
AFP