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Chefe da diplomacia europeia proporá sanções contra autoridades russas

Líderes da União Europeia têm uma cúpula marcada para acontecer nos dias 25 e 26 de março

Josep Borrell fez anuncio nesta terça-feira | Foto: Olivier Hoslet / POOL / AFP / CP

O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, anunciou nesta terça-feira que vai propor aos líderes da União Europeia (UE) a adoção de sanções contra autoridades russas, bem como iniciativas para enfrentar a desinformação, ciberataques e outros "desafios híbridos".

"Os países membros (do bloco) decidirão o próximo passo, que podem incluir sanções. E eu apresentarei propostas concretas", disse Borrell em um discurso ao Parlamento Europeu para fornecer detalhes de sua agitada visita a Moscou na semana passada.

Os líderes da União Europeia têm uma cúpula marcada para acontecer nos dias 25 e 26 de março, quando pretendem discutir as relações do bloco com a Rússia. Na opinião do diplomata espanhol, "a atual estrutura de poder na Rússia, que combina interesses econômicos e controle político e militar, não deixa espaço para um Estado de direito democrático".

Ao resumir sua visita, Borrell disse que pretendia sondar a vontade do governo russo de aproveitar a oportunidade para um "diálogo mais construtivo" para, assim, evitar a deterioração das relações, mas que ao final da viagem concluiu que as condições para isso não existem.

Para Borrell, o governo russo tomou "um caminho para o autoritarismo" e, portanto, as relações entre Bruxelas e Moscou estão em um "beco sem saída". A Rússia, lembrou Borrell, é um vizinho importante da UE e, portanto, "devemos definir um modus vivendi para evitar um confronto permanente".

A visita de Borrell a Moscou coincidiu com a escalada das tensões em torno da prisão do líder da oposição Alexei Navalny, e por essa razão se levantaram vozes na UE a favor do cancelamento da viagem.

Além disso, enquanto Borrell se reunia com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, o governo de Moscou decidiu expulsar três diplomatas europeus por participarem de manifestações em apoio a Navalny, um gesto que definitivamente azedou as relações. Segundo Borrell, seu encontro com Lavrov teve momentos de tensão devido à sua insistência em discutir o caso Navalny. "A viagem apresentava riscos óbvios. Mas decidi encará-los", disse ele.

A UE já aplica várias medidas restritivas contra a Rússia desde 2014, na sequência do conflito na Ucrânia, e também sancionou autoridades russas pela alegada tentativa de assassinato de Navalny, no ano passado, utilizando um agente químico.

AFP