A China anunciou nesta terça-feira que as provas de acesso às universidades devem acontecer no início de julho, um mês mais tarde que o previsto, devido à epidemia do novo coronavírus. Quase 10 milhões de estudantes fazem anualmente o "gaokao", o exame de aceso às universidades. Numericamente é a maior prova do mundo. Os candidatos com as melhores notas conseguem entrar nas universidades de maior prestígio.
O fato de os exames serem realizados nos dias 7 e 8 de julho mostra que a situação da saúde na China volta gradualmente ao normal. Todos os centros de ensino, no entanto, estão fechados desde o início da epidemia em janeiro. De acordo com o ministério da Educação, a província de Hubei, no centro do país, berço do novo coronavírus, e Pequim podem organizar os exames um pouco mais tarde, em função do cenário.
Wang Hui, funcionário do ministério que lida com o setor universitário, disse que 10,71 milhões de estudantes devem fazer os exames neste verão. Embora a disseminação do coronavírus tenha quase desacelerado no continente, ainda existe o risco de casos isolados e surtos localizados. O foco da China agora é impedir casos importados entre pessoas que chegam ao país do exterior.
“Os especialistas em (controle de doenças e) prevenção sugerem que se o gaokao for adiado por um mês, haverá um risco menor de ... a epidemia. Devemos adotar o plano mais apropriado e menos arriscado, a fim de proteger a segurança e a saúde dos estudantes e da equipe envolvida nos testes", disse Hui, citado pelo jornal South China Morning Post. A pandemia infectou mais de 82.200 pessoas no país, segundo o balanço oficial, e provocou 3.309 mortes.
Como prevenir o contágio do novo coronavírus
De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.
AFP