Estes ataques ainda não foram reivindicados. A polícia do Hamas, no poder no enclave palestino, não acusou ninguém, mas prometeu que os "sabotadores" não "escapariam às sanções". Estes ataques são inéditos em diferentes níveis: é a primeira vez que a Jihad Islâmica, segunda força em Gaza e aliada do Hamas, é alvo de um ataque; é também a primeira vez que um atentado coordenado - cinco bombas explodiram no espaço de 15 minutos no mesmo bairro de Sheikh Radouane - visa tantos membros dos movimentos islâmicos em Gaza.
Segundo testemunhas, as bombas foram colocadas sob três carros pertencentes a membros das Brigadas al-Qassam, o braço armado do Hamas, e duas outras sob dois veículos de membros das Brigadas Al-Quds, o braço armado da Jihad Islâmica.
Vários ataques já atingiram seus membros, bem como vários de seus edifícios. O mais espetacular foi realizado no início de maio, quando um grupo salafista chamado de "Partidários do Estado Islâmico em Jerusalém" reivindicou ataques com morteiros contra uma base da al-Qassam. A cada vez, o modus operandi sugere ameaças e advertências, uma vez que as explosões ainda ocorrem à noite ou num momento em que não há transeuntes nas proximidades.
AFP