As prisões ocorreram durante uma operação na cidade de Ibagué (centro), de onde organizavam o tráfico de drogas para Equador e Chile por ônibus que aparentemente prestavam serviços turísticos. O grupo "está relacionado com o carregamento de mais de meia tonelada de maconha encontrada no ônibus", detalhou a Promotoria.
Os dois países trabalham na investigação da tragédia que aconteceu a 30 quilômetros de Quito e na qual faleceram ao menos 15 colombianos, além de um número a ser determinado de venezuelanos. Outros 22 ocupantes ficaram feridos. O acidente revelou uma nova modalidade de contrabando de droga que consistia em "camuflar carregamentos (...) em ônibus que aparentemente eram de serviço turístico", acrescentou a Promotoria.
Os promotores determinaram que o ônibus foi carregado com a maconha em Cali, antes de ir ao Equador. Contudo, os controles policiais o obrigaram a mudar de rota e no novo trajeto teve um "problema técnico". Familiares assinalaram à imprensa que algumas vítimas foram enganadas com a oferta de uma viagem gratuita para o Equador.
O Ministério de Transportes da Colômbia esclareceu que, embora o ônibus tivesse sua certificação "técnico-mecânica em dia", não tinha autorização para prestar serviço de turismo internacional. O presidente do Equador, Lenín Moreno, por sua vez, denunciou "graves erros no controle de entrada e trânsito do ônibus", pelos quais ordenou a demissão de dois responsáveis de trânsito e "de toda a cadeia de comando que não exerceu o devido controle".
AFP