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Colossus, o robô bombeiro que entrou em Notre-Dame para apagar as chamas

Tecnologia capaz de reduzir a temperatura de ambientes e enviar informações foi adquirida há dois anos

Ao centro, Colosso lança jato de água para apagar fogo | Foto: Bombeiros de Paris / Reprodução / CP

Diante da magnitude do incêndio que destruiu parte da história e da cultura da Europa ao queimar a Catedral de Notre-Dame, os bombeiros de Paris recorreram ao robô Colossus para entrar no prédio e minimizar os riscos à vida e ao patrimônio. Foi graças à essa tecnologia que parte do tesouro sacro-histórico da construção centenária foi salva. Na manhã desta terça-feira, o tenente-coronel Gabriel Plus, porta-voz do Corpo de Bombeiros da capital francesa, anunciou que o fogo estava extinto graças. "Concentramos nosso esforço do lado de fora e removemos as pessoas que estavam envolvidas, substituindo-as por um robô que poderia apagar o fogo e reduzir a temperatura dentro da nave", comentou em entrevista coletiva em frente ao local.

• Leia mais sobre o incêndio na Catedral de Notre-Dame

Contudo, a tecnologia não substitui o trabalho humano. Ele deve ser controlado remotamente por um bombeiro, por meio de uma estação sem fio equipada com dois joysticks e uma tela de controle de parâmetros, a uma distância de até 300 metros. O modelo implantado no coração do incêndio foi projetado pela empresa francesa Shark Robotics, pesa 420 quilo e mede 1,60m de altura. Ele é capaz de transportar até meia tonelada de carga e tem uma bateria que lhe dá um alcance de no máximo seis horas. "Apenas um Colossus foi utilizado ontem, desde o início da intervenção. Ele é atualmente o único que equipa a BSPP (Brigada de Bombeiros de Paris) e foi adquirido há dois anos", explicou Cyril Kabbara, um dos fundadores da empresa.

De acordo com Kabbara, o maquinário é capaz de se mover em terrenos muito acidentados, detectar fumaça tóxica e transmitir informações por meio de sensores de temperatura e de uma câmara acoplada. Com a transferência de imagens em um tablet, o bombeiro vê o que o robô descobre e tem informações precisas para engajar ou não seus colegas para a operação. Ele já havia sido testado durante um incêndio em Choisy-le-Roi, em um estacionamento subterrâneo. "Os bombeiros engajaram o robô devido à radiação térmica com temperatura equivalente a 600 °C. O robô atuou por oito horas para limpar o caminho, apagor o fogo e registrar informações", disse.

Correio do Povo