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Comitê Antirracismo da ONU "adverte" EUA

Texto faz menção aos confrontos de resistência em Charlottesville contra supremacistas brancos

Sem citar Trump, o comitê se dirigiu ao governo americano | Foto: Jonathan Bachman / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP / CP
Um comitê da ONU encarregado da luta contra o racismo emitiu uma "primeira advertência" formal sobre a situação nos Estados Unidos, medida raramente usada para apontar o risco de potenciais conflitos entre comunidades. Em nota, o Comitê para a Eliminação da Discriminação Racial justificou o recurso a "uma primeira advertência e a um procedimento de ação urgente" pela proliferação de manifestações racistas nos Estados Unidos.

O texto faz especial referência aos confrontos de Charlottesville, na Virgínia, onde uma mulher morreu, após ser atropelada por um supremacista branco que lançou seu veículo contra um grupo de manifestantes antirracismo. Subordinado ao Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, o comitê pode emitir uma advertência formal para "impedir que problemas existentes se transformem em conflito", ou para evitar "o ressurgimento de um conflito", informa o site institucional.

O presidente americano, Donald Trump, foi muito criticado por seus comentários ambíguos e amenos sobre o episódio de Charlottesville, cuja responsabilidade atribuiu "a ambos os lados". Sem citar Trump, o comitê pede ao governo americano "e aos políticos (...) e autoridades públicas que rejeitem e condenem inequívoca e incondicionalmente os discursos de ódio racista".

"Estamos preocupados com as manifestações racistas, acompanhadas de lemas abertamente racistas, cantos e saudações por parte dos nacionalistas brancos, dos neonazistas e do Ku Klux Klan, que promovem a supremacia branca e incitam a discriminação racial e o ódio", declarou a presidente do comitê, a irlandesa Anastasia Crickley, em um comunicado.

Na última década, emitiram-se "primeiras advertências" apenas sete vezes, contra países que sofrem conflitos étnicos e religiosos como Burundi, Nigéria, Iraque e Costa do Marfim.

AFP