person Entrar

Capa

Notíciasarrow_rightarrow_drop_down

Esportesarrow_rightarrow_drop_down

Arte & Agendaarrow_rightarrow_drop_down

Blogsarrow_rightarrow_drop_down

Jornal com Tecnologia

Viva Bemarrow_rightarrow_drop_down

Verão

Especial

Conselho de Segurança não cumpre seu papel, diz representante brasileiro na ONU

Sérgio Danese acrescentou que, em oportunidades como essa, o conselho tem atuação ineficaz e inexpressiva

| Foto: John Lamparski / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP / CP

O embaixador e representante brasileiro na Organização das Nações Unidas (ONU), Sérgio Danese, afirmou que o veto dos Estados Unidos é uma indicação de que o Conselho de Segurança da ONU (CSNU, na sigla em inglês) não está cumprindo o seu papel. A posição dos EUA impossibilitou a aprovação de uma proposta brasileira de resolução da guerra entre o grupo Hamas e Israel. Segundo ele, o texto sugerido pelo Brasil, que está na presidência do órgão no mês de outubro, teve aceitação expressiva, com 12 votos de um total de 15. Mas o veto de um membro permanente reforça a necessidade de o CSNU passar por uma reforma que reflita a realidade do mundo atual.

"O veto dos EUA representa que o Conselho não está conseguindo cumprir o seu papel, que é o de preservar a paz e garantir a segurança onde quer que elas estejam ameaçadas", disse Danese a jornalistas, na sede da ONU, em Nova York.

O embaixador voltou a defender a necessidade de uma reforma do Conselho de Segurança, uma antiga demanda do Brasil. Na sua visão, a falta de consenso em torno de uma resolução sobre o Oriente Médio, tema sobre o qual o órgão não emite um posicionamento oficial desde 2016, reforça a necessidade de atualização.

"O Conselho tem um problema, obviamente, de representatividade, de eficiência e de legitimidade e métodos de trabalho e regras que, evidentemente, o tornam, em muitos momentos, muito ineficaz, muito inexpressivo", disse o representante brasileiro na ONU.

Segundo Danese, o papel do Brasil, na condição de presidente do CSNU neste mês, é acionar Brasília para estabelecer os próximos passos e retomar consultas junto aos demais membros sobre a guerra no Oriente Médio. Ele explicou que várias ações podem ser adotadas, como, por exemplo, uma nova resolução, uma declaração ou uma deliberação do Conselho.

O embaixador enalteceu ainda o trabalho feito pelo Brasil na proposta de uma resolução e que foi elogiado por outros membros como França, China, Reino Unido e Emirados Árabes Unidos. Disse que sua equipe "trabalhou incansavelmente", passou noites sem dormir, conversou e recebeu todo mundo na tentativa de acomodar todas as demandas possíveis. "É uma equipe extremamente profissional que deve nos dar imenso orgulho", concluiu Danese.

AE