Segundo o funcionário, filho do presidente Alejandro Maldonado, o número de vítimas deve aumentar nas próximas horas, já que 125 casas foram atingidas e há cerca de 600 pessoas desaparecidas. Em meio ao trabalho dos socorristas, Josué Coloma, um mecânico de 40 anos, aguardava informações sobre seus dois sobrinhos, de 11 e 14 anos, desaparecidos no deslizamento.
"Neste ponto exato deveriam estar meus sobrinhos. Peço a Deus que estejam bem", declarou Coloma. No local foram resgatados outros dois parentes do mecânico que estavam com os menores no momento do deslizamento. Vários familiares informaram que estão recebendo mensagens de texto de pessoas presas sob as casas.
O deslizamento surpreendeu a todos durante a noite nesta zona declarada de alto risco por estar próxima a um morro e a um rio. "Somos um belo país, mas também somos muito vulneráveis a este tipo de catástrofe", disse o presidente Maldonado, ao anunciar que a comunidade internacional já ofereceu ajuda para socorrer as pessoas atingidas.
Segundo a Conred, já foram resgatadas com vida 34 pessoas e 43 estão em um abrigo do governo. "É muito difícil o trabalho de resgate devido ao terreno acidentado, praticamente é como uma montanha", disse Cecilio Chacaj, socorrista dos Bombeiros Municipais Departamentais, momentos antes de resgatar um homem com vida.
Os socorristas continuam as buscas das pessoas desaparecidas. "Temos 29 pessoas falecidas identificadas, e uma não identificada", disse Sergio Cabañas, comandante de incidentes da Coordenadoria Nacional para a Redução de Desastres (Conred), ao comentar o deslizamento de quinta à noite em Santa Catarina Pinula, 15 km ao leste da Cidade da Guatemala.
AFP