Imagens divulgadas nesta quarta pelos meios de comunicação locais mostraram os pequenos corpos dos pequenos tigres alinhados sobre uma manta no chão, depois de sua descoberta. O departamento de Parques Nacionais da Tailândia anunciou que irá apresentar uma denúncia contra os responsáveis do templo por "conservação ilegal de cadáveres de animais".
O "Templo dos Tigres", situado na província tailandesa de Kanchanaburi, é dirigido por monges. O lugar faz grande sucesso entre os turistas, encantados de poderem ser fotografados junto aos felinos, já que o espaço deixou, há algum tempo, de ser considerado um centro espiritual. Os monges tiveram que aceitar na segunda-feira a retirada dos felinos, que eram sua grande fonte de renda, mas rechaçaram as acusações de maus-tratos e tráfico de animais.
Os responsáveis pelo lugar asseguraram que a passividade dos tigres, com os quais os turistas faziam "selfies", era conquistada graças ao adestramento, e não mediante uso de drogas. Um defensor dos direitos dos animais, Edwin Wiek, que fez campanha durante um longo tempo para que o templo fosse fechado, evocou a pista de tráfico ilegal do resto dos tigres, que segundo a crença popular na Ásia, têm poderes mágicos.
O templo explicou em sua página oficial no Facebook que morrer com pouca idade era algo comum para os bebês tigres, mas não explicou em nenhum momento o motivo do congelamento. "Ao invés de cremarmos, os bebês mortos foram congelados" a partir de 2010, o templo se limitou a explicar, assegurando que os cadáveres não estavam destinados ao tráfico, denunciando "aqueles que tiram conclusões precipitadas".
As autoridades tentaram resgatar os tigres em abril de 2015 porque o templo não possuía os documentos necessários, mas os monges se opuseram.
AFP