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Diretor da Charlie Hebdo defende charges sobre terremoto na Itália

Publicação comparava vítimas com pratos típicos da comida italiana

Diretor da Charlie Hebdo defende charges sobre terremoto na Itália | Foto: Pascal Guyot / AFP / CP Memória
O diretor da revista satírica francesa Charlie Hebdo defendeu nesta terça-feira as polêmicas caricaturas sobre o terremoto registrado em agosto na Itália, que causaram indignação nas redes sociais. "A morte é sempre um tabu, mas, às vezes, é preciso transgredi-la", declarou Laurent Sourisseau, também conhecido pelo pseudônimo de Riss, falando à rádio France Internacional.

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Quase 300 pessoas morreram no violento terremoto que devastou três cidades no Centro da Itália. "Para nós, é uma caricatura de humor negro como já fizemos antes, não tem nada de extraordinário", acrescentou o chargista, um dos sobreviventes do ataque de extremistas contra a sede da revista que, em janeiro de 2015, matou 12 de seus companheiros por causa da publicação de caricaturas do profeta Maomé.

Na véspera, a prefeitura de Amatrice, devastada pelo terremoto, denunciou Charlie Hebdo por suas caricaturas de mau gosto sobre as vítimas da tragédia. "Isso é um ultraje macabro, insensato e inconcebível para com as vítimas de um desastre natural", afirmou o advogado da prefeitura, Mario Cicchetti.

Poucos dias depois do terremoto que causou a morte de 295 pessoas no Centro da Itália, a revista Charlie Hebdo publicou na capa uma charge com o título "Terremoto à italiana", na qual comparava as vítimas com pratos típicos da comida italiana. A indignação em relação às charges cresceu nos últimos dias, principalmente nas redes sociais.  Um dos chargistas da Charlie Hebdo, Coco, respondeu às críticas com o desenho de uma mulher coberta pelos escombros e que grita aos italianos: "Isso não aconteceu por culpa da Charlie Hebdo, e sim por quem construiu as casas, a máfia".

A denúncia apresentada ante a promotoria de Rieti (Centro) pede que a justiça determine se os chargistas Felix e Coco e a direção da revista cometeram ou não um delito.

AFP