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Entenda como presidente argentino pegou Covid-19 após ser vacinado

Infectologista explica que, nesses casos, a doença se desenvolve de forma leve

Apesar de ter feito as duas doses da vacina russa Sputnik V, Alberto Fernández foi reinfectado e teve sintomas leves | Foto: Estaban Collazo / Presidência da Argentina / AFP / CP

O presidente da Argentina, Alberto Fernández, apresentou teste positivo para Covid-19 mesmo após ter recebido as duas doses da vacina russa Sputnik V, conforme anunciado neste sábado. Com sintomas leves, o político chegou a registrar 37,7 graus de febre e dor de cabeça.

De acordo com o infectologista Renato Kfouri, diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e membro do Comitê Técnico Assessor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, isso é possível porque nenhum dos imunizantes testados contra o coronavírus é 100% eficaz.

No caso da Sputnik V, desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, na Rússia, a eficácia comprovada para a prevenção da Covid-19 é de 91,6%. Por isso, segundo Kfouri, a imunização não dispensa o uso de máscaras.

"Há pelo menos três razões que justificam o uso da máscara após a segunda dose: as vacinas não são 100% eficazes, então é possível ainda contrair a doença. Mesmo que não seja grave, pode causar mal-estar; não existem demonstrações inequívocas de que as vacinas são capazes de prevenir a transmissão, então o indivíduo vacinado pode não adoecer, mas vai transmitir para outros”, afirma.

Durante os testes da fase 3 dos estudos clínicos da Sputnik V, etapa em que é avaliada a eficácia do imunizante, houve 16 casos sintomáticos de Covid-19 entre as pessoas que receberam a vacina, segundo divulgou o Instituto Gamaleya.

O Ministério da Saúde da Argentina informou que o presidente está entre menos de 0,2% dos vacinados do país que contraíram Covid-19. A ministra Carla Vizzotti disse que os dados estão sendo analisados pelo governo.

Fernández, que completou 62 anos na última sexta, recebeu a primeira dose da Sputnik V em 21 de janeiro e foi inoculado com a segunda dose em 11 de fevereiro, de acordo com o gabinete presidencial.

"O que meus médicos me dizem é que a vacina gerou uma quantidade significativa de anticorpos para que eu não esteja passando por isso agora como uma pessoa de 62 anos que está infectada", explicou.

R7