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Equador tem a maior incidência de Covid-19 na América do Sul, aponta estudo

Por conta de medidas de saúde "oportunas", pesquisa mostra Brasil em quinto lugar nas análises

Equador também encara um colapso funerário causado pelo coronavírus | Foto: Jose Sanchez / AFP / CP

Embora o Brasil seja o país com o maior número de casos confirmados de Covid-19 na América do Sul, não é o que tem a situação mais preocupante, segundo um estudo recente publicado na plataforma científica medRxiv.

A pesquisa - assinada por Stefano de Leo (Universidade Estadual de Campinas), Gabriel G. Maia (Universidade de Osaka/Japão) e Leonardo Solidoro (Universidade de Salento/Itália) - mostra as curvas epidemiológicas do coronavírus em 22 países e em quatro regiões italianas. Os números foram, então, comparados à população de cada localidade.

O estudo traz um capítulo específico sobre a América do Sul, com dez países avaliados, e mostra que Chile e Equador são os que registram o maior número de casos por milhão de habitantes em toda a região. O Brasil aparece em quinto lugar. 

"No continente sul-americano, enquanto o Brasil tem o maior número total de casos confirmados, Equador e Chile possuem o maior número de TCCpM [total de casos confirmados por milhão de residentes], tendo quase cinco vezes mais casos por milhão de habitantes do que Brasil. O Equador e o Chile mostraram as taxas de TCCpM mais preocupantes e, embora seu TCCpM ainda seja menor que o dos países europeus, seus casos são análogos aos da Suíça, com uma infecção mais disseminada", observam os autores.

Até o dia 2 de abril, o Equador, com 17,6 milhões de habitantes, registrava 3.163 casos confirmados de Covid-19: uma taxa de 179,3 casos por milhão de residentes. O Equador vive um colapso funerário causado pelo coronavírus. Houve registro de pessoas que morreram dentro de casa e seus corpos não foram retirados e também de cadáveres nas ruas.

As mortes, contabilizadas pelas autoridades até este domingo, no Equador chegavam a 315, mas há indícios claros de subnotificação, já que muitas pessoas estão sendo enterradas sem a realização dos testes para comprovar o vírus.

O Chile possui 19 milhões de habitantes e teve uma taxa de infectados de 178,5 por milhão.

O Brasil estava em quinto lugar, com uma taxa de 37,9. Na data do estudo, o país registava 8.044 casos confirmados em uma população total de 212,1 milhões. Para efeito de comparação, se o Brasil registrasse a mesma taxa do Equador, em 2 de abril, teria cerca de 36 mil casos. No sábado, o Ministério da Saúde brasileiro contabilizava 20.727 casos de covid-19, com 1.089 óbitos.

Os autores identificaram que "o Brasil mostra uma menor taxa de propagação em relação aos países europeus", e cita que "medidas locais de saúde foram tomadas oportunamente a partir do dia 13 de março".

Além de Chile e Equador, a pesquisa cita também o Uruguai como um país com aumento rápido dos casos de Covid-19.

Taxa de infectados por milhão de habitantes (em 2 de abril)

Equador: 179,3
Chile: 178,5
Uruguai: 100,9
Peru: 43,0
Brasil: 37,9
Argentina: 25,1
Colômbia: 22,9
Paraguai:; 10,8
Bolívia: 10,6
Venezuela: 5,1

Um fato que o estudo não aborda é a incapacidade de alguns países em testar os pacientes com suspeita de infecção pelo novo coronavírus, como é o caso da Venezuela. Por isso, possivelmente, tem a menor taxa entre os locais estudados na região.

R7