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Especial

Estátua de ex-líder político antitalibã destruída no Afeganistão

Moradores acusam os talibãs pela demolição do monumento

A estátua de Abdul Ali Mazari, um político da minoria hazara que morreu nos anos 1990 quando estava na prisão sob o regime talibã, foi parcialmente destruída na cidade de Bamiyan, região central do Afeganistão.

"A estátua foi destruída com explosivos", afirmou à AFP um morador, que pediu anonimato. "Não sabemos quem fez, mas há grupos de talibãs aqui, incluindo alguns bens conhecidos por sua brutalidade", disse. Os explosivos fizeram com que a estátua fosse decapitada. "Alguns idosos reclamaram com o governador talibã, que disse que iria investigar", disse a mesma fonte.

Outra moradora acusou diretamente os talibãs e afirmou que o grupo usou um lança-foguetes contra a estátua. "As pessoas estão tristes com o que aconteceu, mas estão especialmente com medo", disse.

Os talibãs assumiram o poder no Afeganistão no domingo, após uma ofensiva relâmpago iniciada em maio, coincidindo com a retirada das tropas estrangeiras. Em 2001 os talibãs provocaram uma comoção mundial quando destruíram as estátuas de Buda em Bamiyan, que tinha 1.500 anos.

Mazari foi assassinado em 1995 durante uma transferência de helicóptero da prisão. A comunidade hazara, principalmente xiita, representa entre 10 e 20% dos 38 milhões de afegãos e foi perseguida pelos extremistas sunitas do Afeganistão, país marcado por divisões étnicas e religiosas. Os hazaras são alvos de ataques dos talibãs e do grupo extremista Estado Islâmico, que os consideram hereges.

AFP