Este afroamericano passou 36 anos atrás das grades pelo assassinato em 1979 de um funcionário branco de um posto de gasolina. Seus advogados tentaram até o último minuto suspender a execução, inclusive com um recurso ante a Suprema Corte dos Estados Unidos. Mas seus esforços foram em vão.
Os críticos denunciaram este caso como um exemplo da dupla punição imposta a alguns condenados à morte, que passaram décadas confinados sozinhos tendo a morte como única expectativa. Além disso, seus opositores consideram que muitos condenados foram sentenciados em um período no qual não podiam contar com uma defesa satisfatória e que se fossem julgados atualmente o veredicto seria diferente.
"O caso de Jones levanta questionamentos sobre a proporcionalidade e a aplicação discriminatória da pena de morte", denunciou em um comunicado o Centro de Informação sobre a Pena de Morte. "Ele e seu coacusado Van Solomon - ambos afroamericanos -, foram condenados à morte (...) por matar um vendedor branco em um posto de gasolina durante um roubo". "Jones negou ter atirado nele e a acusação nunca determinou quem fez o disparo fatal", segundo a nota.
Solomon morreu na cadeira elétrica em 1985.
Durante as décadas que passou atrás das grades, Jones leu muito e se tornou conhecido por seus textos sobre a vida na prisão e questões raciais. Atualmente, 75 homens estão no corredor da morte na Geórgia. No ano passado o estado suspendeu as execuções durante vários meses devido a uma polêmica sobre as substâncias usadas nas injeções letais. Os Estados Unidos executaram 28 pessoas no ano passado, o número mais baixo desde 1991.
AFP