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Verão

Especial

EUA pressiona Israel, mas Netanyahu adverte que todas as opções estão abertas em Gaza

Primeiro-ministro afirmou que não descarta seguir até o fim contra o movimento Hamas, se a opção de dissuasão não der frutos

Biden espera uma "desaceleração significativa" no conflito militar entre Israel e os palestinos | Foto: Anna Moneymaker / AFP / CP

O presidente dos EUA, Joe Biden, disse nesta quarta-feira que espera uma "desaceleração significativa" no conflito militar entre Israel e os palestinos, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu advertiu que todas as opções permanecem sobre a mesa. "O presidente expressou ao primeiro ministro que espera uma desaceleração significativa hoje para orientar um cessar-fogo", segundo o comunicado divulgado pela Casa Branca após a quarta conversa entre os dois líderes desde o início da crise.

Ao mesmo tempo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que não descarta "seguir até o fim" contra o movimento Hamas, se a opção de dissuasão não der frutos, após dez dias de bombardeio. "Há apenas duas possibilidades para enfrentá-los: seguir até o fim, que ainda é uma possibilidade, ou a dissuasão. E atualmente estamos imersos em uma dissuasão firme", disse o chefe de Governo a embaixadores em Tel Aviv. "Devo afirmar que não descartamos nenhuma opção", completou.

O exército israelense anunciou na quarta-feira que disparou artilharia contra o sul do Líbano após o lançamento de quatro foguetes daquele país. "Quatro foguetes foram disparados do Líbano para o território israelense. O escudo de mísseis Iron Dome interceptou um deles e os outros três provavelmente caíram em terreno aberto. Em retaliação, nossa artilharia disparou contra alvos em território libanês", disse o Exército em um breve comunicado. No momento, nenhuma vítima foi relatada.

No território palestino, governado pelo movimento islamita Hamas, os bombardeios israelenses se tornaram mais intensos na manhã desta quarta-feira, com ataques contra os setores de Khan Yunes e Rafah, no sul, segundo um correspondente da AFP no local.

Desde o início do novo ciclo de violência, em 10 de maio, ao menos 227 palestinos - incluindo 64 menores - morreram nos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza, segundo o ministério da Saúde local. Em Israel, os lançamentos de foguetes a partir de Gaza provocaram 12 mortes, de acordo com a polícia.

No nível diplomático, Berlim anunciou que seu ministro das Relações Exteriores, Heiko Maas, viajará a Israel e Ramallah (Cisjordânia ocupada) na quinta-feira para se reunir com seu homólogo israelense, Gabi Ashkenazi, com o ministro da Defesa Benny Gantz, com o presidente israelense Reuven Rivlin e com o primeiro ministro palestino Mohamed Shtayyeh.

Crise humanitária

Em Gaza, território com dois milhões de habitantes e submetido a um bloqueio israelense há quase 15 anos, a insegurança se une ao risco de crise humanitária, agravado pela pandemia de coronavírus. Quase 72 mil pessoas foram obrigadas a abandonar suas residências e 2,5 mil perderam suas casas em bombardeios, segundo a ONU.

O exército israelense afirma que seus últimos ataques apontaram contra o que chama de "metrô" - túneis subterrâneos que, segundo o Estado hebreu, o movimento islamita Hamas utiliza para transportar munição - e contra as casas de altos comandantes do grupo. Nos bastidores, a mediação exercida pelo Egito, interlocutor tradicional de Israel e do Hamas, não resultou em nenhum avanço concreto.

Em nove dias, 3.750 foguetes foram lançados a partir de Gaza, mas quase 90% dos projéteis foram interceptados pelo sistema de defesa antiaéreo israelense, segundo exército. Ao mesmo tempo, na Cisjordânia, a revolta de jovens palestinos contra a ocupação israelense, uma das mais violentas da última década, deixou 24 mortos desde 10 de maio.

O conflito em Gaza começou em 10 de maio, quando o Hamas lançou foguetes contra Israel em "solidariedade" aos manifestantes palestinos feridos em confrontos com a polícia israelense na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental. A violência teve origem na ameaça de expulsão de famílias palestinas a favor de colonos israelenses em um bairro palestino de Jerusalém Oriental, ocupado por Israel durante mais de 50 anos.

O último grande confronto entre Israel e o Hamas aconteceu em 2014. O conflito de 51 dias devastou a Faixa de Gaza e provocou as mortes de pelo menos 2.251 palestinos, a maioria civis, e de 74 israelenses, quase todos soldados.

AFP