Foram ouvidos disparos e, aparentemente, dois combatentes islamitas do grupo Al Shabab, estariam dentro do hotel Nasa Bablob. Um balanço anterior havia reportado três mortos. Um alto funcionário da Polícia e um ex-deputado estão ente as vítimas. "Um carro-bomba explodiu na entrada do hotel Nasa Hablob, ao que se seguiram disparos. Não temos os detalhes, mas parece um ataque coordenado. Um micro-ônibus-bomba também explodiu em um cruzamento próximo", declarou à AFP Ibrahim Mohamed, autoridade policial."Houve vítimas, mas ainda não temos nenhuma cifra", acrescentou.
Uma testemunha, o taxista Salah Ahmed, disse que havia quatro mortos. "Vi como retiravam do local os corpos de quatro pessoas mortas e havia ambulâncias que se dirigiam para lá", assegurou. Outra testemunha, Yusuf Moalim, disse ter visto o corpo de uma alta autoridade policial, cujo veículo estava perto da entrada do hotel quando ocorreu a explosão.
Várias testemunhas confirmaram que as duas explosões foram seguidas de disparos. Mas a área estava isolada pelos serviços de segurança e não se pôde determinar se os homens armados atacaram o hotel. Os militares islamitas do grupo Al Shabab costumam detonar carros-bomba nas entradas de hotéis e edifícios públicos antes de enviar homens armados ao seu interior para provocar o maior número de vítimas. "Os combatentes mujahedines estão dentro do hotel Nasa Hablod 2, onde se alojam altos funcionários apóstatas", indicou um site pró-Al Shabab, citando a Rádio Andalus, emissora do Al Shabab.
O atentado não foi reivindicado, mas as autoridades acreditam que tenha sido organizado por militantes do Al Shabab, ligados à Al Qaeda. Militantes do Al Shabab prometeram acabar com o frágil governo central da Somália. Foram expulsos de Mogadíscio em agosto de 2011, após o que perderam a maior parte de seus redutos. No entanto, continuam controlando extensas áreas rurais, onde realizam operações de guerrilha e atentados suicidas, frequentemente na capital ou contra bases militares, somalis ou estrangeiras.
AFP