"Lamentamos informar que nossa paciente, Lindsey, teve uma complicação repentina que necessitou a retirada do útero transplantado", disse o hospital em declaração. Segundo a instituição, que não deu muitos detalhes, a paciente estava indo bem e se recuperando depois da cirurgia para remoção do órgão.
Na última segunda-feira, a equipe médica concedeu uma coletiva de imprensa ao lado de Lindsay, de 26 anos, que apareceu sorrindo. A paciente recebeu o útero de uma doadora de 30 anos que havia dado à luz previamente e morreu de forma repentina.
O hospital afirmou que está avaliando as causas para o fracasso do transplante, e disse que seus testes clínicos - cujo objetivo é realizar transplantes de útero em 10 mulheres - vão continuar.
A universidade de Gotemburgo, na Suécia, conseguiu realizar o primeiro transplante de útero em 2013. A receptora deu à luz a primeira criança concebida após um transplante de útero em setembro de 2014. Equipe de médicos sueca conseguiu realizar transplantes bem-sucedidas em quatro mulheres até hoje.
O transplante é temporário, com o objetivo de possibilitar que as mulheres possam engravidar de até duas crianças num período de cinco anos. O útero transplantado deve então ser removido para evitar a longa exposição a drogas destinadas a impedir que os corpos das mulheres rejeitem os órgãos transplantados.
AFP