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Especial

França investiga suspeita de suborno na venda de submarinos ao Brasil

Negociações aconteceram em 2008, durante o governo Lula

Scorpène é um submarino de ataque convencional, fabricado pela França | Foto: Mychele Daniau / Arquivo AFP / CP
A Justiça francesa investiga a denúncia de pagamento de suborno ligado ao gigantesco contrato de venda de submarinos Scorpène para o Brasil, firmado em 2008 - informou o jornal francês Le Parisien, neste sábado, em sua edição on-line.
Uma fonte próxima ao caso confirmou para a AFP a existência de uma investigação por suspeita de "atos de corrupção na venda de submarinos", mas sem dar mais detalhes. Questionada pela agência de notícias, a Procuradoria Nacional Financeira (PNF) "não confirmou, nem negou" as informações.

A investigação por suspeita de "corrupção de funcionários públicos estrangeiros" gira em torno do contrato de venda de quatro submarinos de ataque Scorpène, assinado em 23 de dezembro de 2008, no Brasil, pelo então presidente francês, Nicolas Sarkozy, e pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Da ordem de 6,7 bilhões de euros, esse acordo incluía uma importante transferência de tecnologia para o Brasil.

O Scorpène é um submarino convencional, de última tecnologia, fabricado pelo estaleiro naval francês DCNS (Direction des Constructions Navales Services) em cooperação com o espanhol Navantia. Chile e Malásia têm dois desses submarinos. A Índia adquiriu seis, dos quais três já foram entregues. À AFP, um porta-voz da DCNS disse que a companhia "não ter nada a ver com a Operação Lava Jato", acrescentando que a empresa "respeita escrupulosamente, no mundo todo, as regras do
Direito".

A procuradora-geral da PNF, Eliane Houlette, esteve recentemente no Brasil, à frente de uma delegação, da qual também participou o chefe do Departamento Anticorrupção da Polícia (Oclciff, na sigla em francês), Thomas de Ricolfis. Em nota de 9 de maio, ao comentar a visita dos franceses, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, evocou a possibilidade de desenvolver investigações conjuntas sobre "casos concretos" de corrupção que "afetam ambos os países".

AFP