De acordo com a nova diretora da CIA, "gerações" de agentes "desafiaram estereótipos, romperam e abriram portas para o resto de nós". Ela estava rodeada pelo presidente Donald Trump, por Pompeo e pelo vice-presidente Mike Pence, que lhe tomou o juramento. Trump leu um breve discurso, no qual elogiou Haspel, a quem apresentou como uma pessoa "dura", mas sem fazer qualquer referência ao papel que ela desempenhou na chamada "guerra ao terror" por meio da aplicação de técnicas de tortura. Durante a denominada "guerra ao terror", Gina Haspel era responsável por um centro clandestino de detenção administrado pela CIA e situado na Tailândia.
Sua audiência pública ao Comitê de Inteligência do Senado, em março, como parte de seu processo de confirmação, causou revolta entre os democratas e organizações de defesa dos direitos humanos. Nela, Gina se negou a condenar o uso de tortura e sequer aceitou considerar se sua aplicação era imoral. Haspel se referiu apenas a um "programa avançado de detenção e interrogatórios", nome formal com o qual a comunidade de Inteligência americana legalizou o uso dessas práticas brutais, posteriormente consideradas como tortura pelo próprio Senado.
AFP