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Verão

Especial

GM anuncia investimentos nos EUA após críticas de Trump pelo fechamento de fábrica

Presidente americano manteve também seu ataque à União Europeia

A presidente e CEO da General Motors, Mary Barra, anunciou um investimento de 300 milhões de dólares na fábrica de Lake Orion, em Michigan | Foto: Bill Bugliano / Getty Images North America / AFP / CP

A General Motors (GM) anunciou nesta sexta-feira um investimento de 1,8 bilhão de dólares e a criação de 700 novos postos de trabalho nos Estados Unidos, após as várias críticas que o presidente Donald Trump fez pelo fechamento de uma fábrica. O presidente americano manteve também seu ataque à União Europeia (UE), pedindo para as montadoras do bloco passarem a fabricar veículos nos Estados Unidos. Uma parte desse montante, US$ 300 milhões, será destinada a uma fábrica em Michigan, onde será produzido um novo Chevrolet elétrico, disse a gigante automotiva de Detroit em um comunicado, e 400 dos 700 novos empregos serão gerados nesse mesmo estado.

De acordo com a empresa, o novo Chevrolet elétrico originalmente seria produzido fora dos Estados Unidos, mas o grupo decidiu voltar atrás. Sem citar Trump, a fabricante de quatro marcar de automóveis (Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC) disse que esta decisão responde a uma lógica empresarial e industrial. A GM explicou que na fábrica de Orion é fabricado outro carro elétrico do grupo, o Bolt, e que montar o novo modelo elétrico nos EUA permitirá se adaptar ao novo acordo de livre-comércio recentemente negociado por Estados Unidos, México e Canadá.

"A GM continuará investindo em suas operações nos Estados Unidos, onde vemos oportunidades de crescimento", disse a presidente do grupo, Mary Barra, citada em nota, sinalizando que não cedeu a uma pressão de Trump. O presidente republicano eleito em 2016 com a promessa de repatriar empregos lançou uma série de ataques à GM nos últimos dias.

UE na mira

A União Europeia também está na mira do presidente americano. Trump disse à Fox Business News que não vai eliminar as tarifas alfandegárias dos carros dos países do bloco até que as fabricantes europeias produzam nos Estados Unidos. Questionado sobre a possibilidade de acabar com as tarifas alfandegários, o presidente respondeu: "Eu poderia fazer isso com alguns produtos, mas não com os carros. Porque eles têm a BMW, têm a Mercedes, têm muitos carros bons que chegam aqui" . "Eu quero que os produzam aqui. (...) Se quiserem continuar vendendo para os americanos, fabriquem-nos aqui", insistiu, afirmando novamente que a UE impõe muitos impostos sobre os produtos americanos.

Trump também rejeitou a proposta da UE de acabar com o imposto de 25% sobre as vans americanas "porque um Chevrolet nunca será aceito na Europa como um Mercedes é aqui, então não é um bom negócio". O desequilíbrio comercial entre a UE e os Estados Unidos representa um problema de segurança nacional, segundo o inquilino da Casa Branca, que decidirá em breve se vai impor uma sobretaxa alfandegária de 25% sobre o setor automotivo.

AFP