O governo israelense decidiu de madrugada aplicar uma série de médias preventivas nos bairros do leste de Jerusalém, que Israel ocupa desde 1967, devido à série de violência que atinge a região desde o dia 1º, quando foram mortos sete israelenses e cerca de 30 palestinos, 11 deles após cometerem ou tentarem cometer atentados, segundo fontes policiais.
Entre as medidas mais polêmicas, pela conotação política e em termos dos direitos civis, estão as de isolar as populações palestinas da parte oriental da cidade, destruir as casas dos "terroristas" sem permitir que possam ser reconstruídas e revogar a residência e outros direitos básicos dos que desfrutam pelo seu estatuto de moradores de Jerusalém.
Segundo o jornal Yediot Aharonot, 16 dos 26 autores dos esfaqueamentos, das agressões e ataques com armas de fogo dos últimos 14 dias eram do leste de Jerusalém, o que lhes oferece a possibilidade de se deslocar por todo o território israelense.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o seu Executivo ordenaram ainda um aumento do efetivo policial, o reforço, com seis companhias do Exército, da segurança, bem como a destinação de 80 milhões de shekels (cerca de 18 milhões de euros) para recrutar 300 guardas adicionais para proteger o transporte público em Jerusalém, após dois ataques em autocarros esta semana.
AFP