O projeto, apresentado por um deputado do partido partido nacionalista Lar Judeu, também permite modificar a definição "municipal" de Jerusalém, de forma que alguns setores da cidade sejam "declarados como entidades separadas", segundo um comunicado do parlamento israelense. Este projeto complica ainda mais a esperança de uma solução de dois Estados no conflito israelense-palestino, menos de um mês depois da decisão do presidente americano Donald Trump de reconhecer Jerusalém com capital de Israel.
Israel ocupa Jerusalém Oriental e a Cisjordânia desde a guerra de 1967. Em 30 de julho de 1980, o parlamento israelense aprovou a anexação de Jerusalém, decisão condenada pelo Conselho de Segurança da ONU em 20 de agosto do mesmo ano. Israel considera que sua capital é o conjunto de Jerusalém, enquanto que os palestinos aspiram a que Jerusalém Oriental seja a capital de um futuro Estado palestino. "Garantimos a unidade de Jerusalém", declarou no Twitter o ministro da Educação Naftali Bennett, líder do Lar Judeu.
"O Monte das Oliveiras, a Cidade Velha e a Cidade de David continuarão sendo nossos para sempre", acrescentou, referindo-se a lugares situados na parte palestina de Jerusalém. O deputado opositor Dov Khenin disse que a lei também deveria se chamar "lei para impedir a paz" e que teme que termine provocando "um banho de sangue".
AFP