O chefe de governo italiano, Giuseppe Conte, fez nesta quarta-feira um apelo solene à Alemanha para reforçar a solidariedade europeia e enfrentar o "tsunami" do coronavírus. "Se somos uma União, agora é a hora de demonstrar", escreveu Conte em um artigo que será publicado na quinta-feira no jornal semanal alemão Die Zeit.
"Precisamos de uma estratégia de recuperação econômica. Todos os estados europeus têm que contribuir agora, sem exceção", afirmou o líder italiano, cujo país é um dos fundadores do bloco.
Essa "solidariedade" entre países europeus "deve ser expressada em um plano comum que garanta, com transparência e rigor de todos os participantes, que não nos tornemos uma união de transferências", acrescentou.
Itália e Espanha, dois dos países mais afetados na Europa pela pandemia e com finanças públicas frágeis, pedem um apoio financeiro massivo da UE para superar as consequências na saúde, econômicas e sociais da crise.
Ambos, com o apoio da França, exigem uma mutualização da dívida na zona do euro em forma de "coronabonds", o que os países do norte, liderados pela Alemanha e Holanda, rejeitam."Temos que examinar os instrumentos apropriados para uma situação inédita e isso sem prejuízos ou vetos a priori", disse Conte à Die Zeit.
Segundo o primeiro-ministro, "o objetivo é todos juntos sairmos desta crise o mais rápido possível, mais fortes e mais unidos". Conte compara a pandemia do novo coronavírus a um "tsunami que, assim como uma guerra, deixa a economia em ruínas e as pessoas com traumas".
A Itália, com 12.428 mortos, é o país europeu com mais vítimas mortais pelo vírus, seguida pela Espanha (8.189) e França (3.523).
Como prevenir o contágio do novo coronavírus
De acordo com recomendações do Ministério da Saúde, há pelo menos cinco medidas que ajudam na prevenção do contágio do novo coronavírus:
• lavar as mãos com água e sabão ou então usar álcool gel.
• cobrir o nariz e a boca ao espirrar ou tossir.
• evitar aglomerações se estiver doente.
• manter os ambientes bem ventilados.
• não compartilhar objetos pessoais.
AFP