Um primeiro grupo de passageiros não infectados com o novo coronavírus deixou nesta sexta-feira o cruzeiro em quarentena na costa do Japão. O grupo concluirá o período de isolamento em estabelecimentos do governo.
Uma fonte do governo japonês confirmou que 11 passageiros com mais de 80 anos deixaram o "Diamond Princess" e seguiram para estabelecimentos nos quais devem permanecer até o fim da quarentena, em 19 de fevereiro. No cais onde o navio está atracado, um ônibus dirigido por um motorista com traje de proteção, incluindo máscara e óculos, recebeu os passageiros.
Mais de 200 pessoas a bordo apresentaram resultado positivo para o novo coronavírus desde que o navio chegou à costa do Japão, em 3 de fevereiro, e foi colocado em quarentena. As autoridades pediram aos passageiros que permaneçam em suas cabines e que caminhem no convés por curtos períodos de tempo, protegidos com máscaras e luvas.
Outro cruzeiro nesta situação é o americano Westerdam, que obteve permissão para atracar da costa do Camboja após ser rejeitado em outros cinco portos asiáticos e ficar vagando pelo oceano durante duas semanas. Pela manhã, os passageiros da embarcação puderam desembarcar e foram recebidos pelo primeiro-ministro local, Hun Sen, com buquês de flores. O primeiro grupo de desembarcados já tinha voos agendados de volta aos seus países de origem.
O Camboja, que é um grande aliado da China e de quem recebe um enorme volume de ajuda anual, concordou com o desembarque no porto de Sihanoukville. Hun Sen declarou que todos os passageiros serão autorizados a desembarcar assim que for constatada a ausência de casos do Covid-19 a bordo.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o número total de pessoas infectadas na China subiu para 46.550. A entidade informou que mais 13.332 casos foram confirmados clinicamente na província de Hubei. Com isso, o número de pessoas infectadas pelo vírus no país asiático chegou a 59.882. O volume de casos confirmados em laboratório tende a ser menor que o de confirmados clinicamente, porque exigem maior uso de recursos de exames médicos.
AFP