A líder birmanesa Aung San Suu Kyi, destituída pelo regime militar, foi acusada de ter violado uma lei sobre segredos de Estado que data da época colonial, informou nesta quinta-feira (1º) seu advogado. As autoridades "abriram um novo processo judicial em 25 de março, acusando-a de ter violado a lei sobre segredos de Estado", disse o advogado Khin Maung Zaw à AFP. Ela já havia sido acusada de corrupção e "incitação à desordem pública".
Suu Kyi, junto com três de seus ministros depostos e seu conselheiro econômico australiano detido, Sean Turnell, foram acusados há uma semana em um tribunal de Yangon. Segundo o advogado, a audiência foi adiada até o dia 12 de abril.
A equipe jurídica de teve na quarta-feira sua primeira reunião com ela por link de vídeo em uma delegacia de polícia. A senhora de 75 anos não foi vista em público, mas seus advogados disseram que ela parecia estar bem de saúde, apesar dos dois meses de detenção.
O estado de emergência de um ano foi declarado em Mianmar depois que o presidente U Win Myint e a conselheira de estado Suu Kyi, junto com outros oficiais da Liga Nacional para a Democracia, foram detidos pelos militares em 1º de fevereiro.
AFP