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Líder civil que derrubou Morales quer eleições em 19 de janeiro na Bolívia

Luis Fernando Camacho pediu respeito à Constituição e à decisão dos cidadãos em ter um novo processo eleitoral

Camacho pediu que novas eleições sejam realizadas em 19 de janeiro de 2020 | Foto: Aizar Raldes / AFP / CP

O líder civil de direita Luis Fernando Camacho, que propiciou a queda de Evo Morales, defendeu nessa segunda-feira a realização de eleições na Bolívia no dia 19 de janeiro, e deu um prazo "até a quinta-feira" para que o governo interino convoque a votação. Camacho pediu respeito à Constituição e à decisão dos cidadãos de "ter um processo eleitoral até 19 de janeiro de 2020 (...), dando um prazo até a quinta-feira para que possamos ter um tribunal eleitoral que reflita o sentimento do povo boliviano". "Necessitamos garantir ao povo boliviano um processo eleitoral limpo e transparente, mas principalmente imediato (...), em 19 de janeiro". 

A exigência de Camacho e de outros líderes civis coincide com gestões da Igreja católica para aproximar posições entre os partidos políticos e atores sociais visando novas eleições. Monsenhor Eugenio Scarpellini, membro da Conferência Episcopal, declarou na noite desta segunda-feira que a reunião multipartidária visando um novo processo eleitoral obteve progressos. "Acredito que há vontade de avançar, os acordos estão se formando", declarou Scarpellini à rede de televisão CNN. 

Morales tentou a reeleição em 20 de outubro, mas a oposição denunciou fraude - o que em parte foi avalizado por denúncias de irregularidades da OEA -, dando origem a uma crise que repercutiu nas ruas, levando-o a renunciar, após perder o apoio dos militares e da Polícia. Desde então, a Bolívia ficou rachada e em um mês de protestos, somam-se 23 mortos. 

O ex-presidente, asilado no México, se considera vítima de um golpe de Estado e sua sucessora prometeu pacificar o país e convocar eleições. O ex-presidente está asilado no México, enquanto seus seguidores protestam diariamente nas ruas da Bolívia para exigir a renúncia da presidente interina Jeanine Áñez.

AFP