"No plano geopolítico, o euro trará mais segurança" declarou à AFP a presidente lituana, Dalia Grybauskaite.
"A partir de agora faremos parte de um grupo de países competitivos que toma decisões importantes de política fiscal e monetária. Não nos contentamos em aplicar as decisões, faremos parte do processo de decisão", acrescentou a mandatária.
"A adoção do euro pela Lituânia não é somente crucial para esse sócio, mas também é essencial para toda a zona euro" afirmou o ministro italiano de Assuntos Europeus, Sandro Gozi, cujo país assume a presidência da União Europeia até o final de 2014.
A adesão ao euro "trará um certo número de benefícios aos cidadãos e às empresas lituanas", opinou o comissário de Assuntos Econômicos, Jyrki Katainen, que citou em particular a eliminação dos riscos relacionados à taxa de câmbio.
"Nossos esforços renderam frutos: a zona euro nos abre agora suas portas", declarou o primeiro-ministro lituano, Algirdas
Butkevicius, para quem esta decisão representa "uma maior segurança" para o seu país.
O euro pode ser visto como uma barricada contra a Rússia e um modo de reforçar seu peso político na Europa, após uma tentativa de adesão que falhou em 2006-2007.
Atualmente, 48% dos habitantes do país é contra a adoção do euro, segundo pesquisa realizada em junho pelo Eurobarômetro.
A Lituânia tem 3 milhões de habitantes e é membro da União Europeia desde 2004.
AFP